Em três episódios, pesquisadoras negras falam de suas contribuições para a sociedade; Cida Moura, da ECI, é a primeira entrevistada

Depois da série Mulheres Cientistas, divulgada em 2019, a TV UFMG estreia Cientistas Negras, nesta sexta-feira, 22 de agosto. A série composta por três episódios busca, por meio do recorte racial e de gênero, mostrar as importantes contribuições de pesquisadoras negras para a ciência. Elas são de diferentes gerações e áreas do conhecimento e também estão cadastradas no Banco de Fontes Negras da UFMG. O banco foi lançado no Novembro Negro de 2024 pelo Centro de Comunicação (Cedecom), órgão auxiliar da Reitoria, para identificar pesquisadoras e pesquisadores negros e auxiliar a imprensa na produção de conteúdo científico ou jornalístico.

No contexto atual, apesar de avanços, as cientistas negras brasileiras frequentemente enfrentam invisibilidade e subrepresentação em espaços acadêmicos e de pesquisa. Essa situação reflete desafios históricos como o racismo estrutural, a desigualdade de gênero e o sexismo no Brasil. A falta de cientistas negras como exemplos e modelos dificulta a identificação de jovens negras com a área da ciência e a busca por carreiras nesse campo. 

Para refletir sobre esse cenário, a TV UFMG entrevistou a docente Maria Aparecida Moura, da Escola de Ciência da Informação (ECI), que se tornou a primeira professora titular negra na UFMG, em 20 de novembro de 2012, Dia da Consciência Negra. Conhecida carinhosamente como Cida Moura, da ECI, ela abre o primeiro episódio de Cientistas Negras. Vale a pena conferir!
 
Vídeo
Equipe: Soraya Fideles (reportagem e edição de conteúdo), Eliane Estevão (produção), Ângelo Araújo e Lucas Tunes (imagens), Otávio Zonato (edição de imagens), Isabela Perdigão e João Teixeira Jr. (videografismo), Pedro Campos (transporte).
 
Serviço
No Banco de Fontes Negras da UFMG,   além dos nomes e áreas de conhecimento, também consta  o link do Currículo Lattes para que os interessados possam conhecer a formação das fontes e publicações das pesquisadoras e pesquisadores negros  O banco está hospedado na página da Assessoria de Imprensa no Portal UFMG e a solicitação dos  contatos das fontes dever ser feito pelo e-mail  assessoriadeimprensa@ufmg.br.
 
Banco de Pesquisas sobre Raça
O Cedecom também deu início ao mapeamento de pesquisas da UFMG com recorte racial para compor seu banco.  O formulário também ficará aberto em fluxo contínuo para o cadastro de professores, estudantes, servidores técnico-administrativo em educação (TAEs) e pesquisadores da UFMG que abordem questões raciais. O banco de pesquisas da UFMG sobre raça também tem o objetivo de mapear especialistas para atender a demandas da imprensa em temáticas raciais em diversos contextos.