Testes da CoronaVac contra a covid-19 em profissionais de saúde de BH começam nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira, 31 de julho, das 15h às 15h40, via Zoom (pelo link https://zoom.us/j/94358745289?...), o pesquisador responsável pelos testes em Minas Gerais, professor Mauro Teixeira Martins, da UFMG, estará à disposição da imprensa para esclarecer dúvidas. Veículos de imprensa que desejarem fazer imagens no local dos testes, no bairro Jardim Montanhês, devem se credenciar pelo Whatsapp (31) 9 9131-9115. Apenas médicos, enfermeiros e paramédicos que lidem com a covid-19 podem participar do estudo.

A terceira fase de testes da CoronaVac, substância candidata a vacina contra o coronavírus, da biofarmacêutica Sinovac Biotech, começa nesta sexta em Belo Horizonte. A pesquisa, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por todas as outras entidades éticas e legais que regulamentam a área, é coordenada em todo o Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
Participarão 852 voluntários, todos da área de saúde. A participação é restrita a médicos, enfermeiros e paramédicos e que também precisam atuar diretamente no cuidado de pacientes infectados pelo vírus, além de atender a todos os critérios de elegibilidade:

• ter mais de 18 anos

• não ter sido contaminado pelo novo coronavírus

• não participar de outros experimentos

• ausência de gravidez

• não ter intenção de engravidar nos próximos meses

• não apresentar doenças crônicas

• não fazer uso de medicamentos contínuos

• ter registro ativo no conselho profissional de seu ofício.

Mais de 1000 pessoas já se candidataram. Entretanto, as inscrições continuam abertas porque os candidatos que forem previamente selecionados - segundo os critérios de seleção -, também precisam concordar em serem acompanhados por um longo período e atender às demais exigências protocolares do processo. Caso preencha todos os critérios de seleção, o candidato pode se inscrever pelo site do Instituto Butantan ou enviar e-mail para profiscovbh@gmail.com.

O Brasil foi escolhido devido ao grande número de pessoas infectadas. A opção pelos profissionais de saúde mais expostos ao vírus é mais uma estratégia de pesquisa, com a perspectiva de tentar agilizar o processo necessário para aprovar o uso da vacina com a máxima segurança possível. A UFMG e os demais centros, por sua vez, foram escolhidos dada a sua ampla experiência na pesquisa de ponta para o desenvolvimento de fármacos e com base em experiências anteriores bem-sucedidas. O laboratório chinês Sinovac Biotech disponibilizou 20 mil doses para todo o Brasil. Na UFMG já foram entregues cerca de 850 doses. Em todo o Brasil, serão selecionados 9 mil voluntários, de diversas regiões do país.

Voluntários: não “vacinados”

Segundo Mauro Teixeira, coordenador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e responsável pelos testes, os voluntários não estarão sendo, de fato, “vacinados”. “Ainda não existe nenhuma vacina contra o coronavírus, apenas candidatas”, reitera. Após receberem as doses, os voluntários serão acompanhados durante um período que pode ultrapassar um ano.

“Há um conjunto de estudos prévios que sugerem que a ‘vacina chinesa’ é segura e eficaz, mas o voluntário é apenas um ‘doador’ que se propõe a participar, sem a certeza de que a viabilidade do medicamento será comprovada”, explica. Ele reconhece a abnegação dos profissionais de saúde nesse momento, mas destaca que aqueles que aceitarem se voluntariar serão participantes de um projeto de pesquisa que quer justamente avaliar se essa candidata a vacina é de fato eficiente.

Além disso, será preciso que essa pessoa se disponha a ser acompanhada durante um tempo prolongado. "A avaliação ao longo do estudo é a parte mais importante do estudo desse candidato vacinal", para a devida avaliação dos seus efeitos e de sua adequação para ser adotada como vacina ou não. O cientista reforça que todos os testes realizados mostram que a substância é segura para ser usada por seres humanos e que as entidades de saúde e de pesquisa brasileiras autorizaram a realização dos testes.

Ele explica também que será um estudo randomizado, quando os participantes são aleatoriamente distribuídos em dois ou mais grupos, e duplo-cego, ou seja, nem o voluntário nem o examinador sabem qual substância está sendo aplicada. Um grupo receberá a candidata a vacina, mas outro grupo receberá uma substância inerte, o placebo. “Isso é necessário para podermos comparar os dois grupos no futuro e avaliar os resultados. O esperado é que o grupo que recebeu a substância ativa esteja imune, mas isso é o que a pesquisa precisa nos dizer", afirma Mauro Martins, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Se houver benefícios, todos os participantes da pesquisa serão devidamente vacinados ao final do estudo.

Além de atuar no Centro de Desenvolvimento de Fármacos do ICB, Mauro Teixeira também coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue (INCT em Dengue). “A infraestrutura da UFMG no campo das pesquisas em dengue e outros estudos possibilitou que estivéssemos hoje preparados, de certa forma, para os ensaios clínicos no contexto da covid-19”, afirmou.

Mais informações estão no site do governo de São Paulo.

Serviço

Entrevista coletiva sobre o início dos testes da CoronaVac

Data: 31 de julho

Horário:  15h às 15h40

Local: via Zoom (pelo link https://zoom.us/j/94358745289?pwd=dVMyZEQ0SlBCZHoweDRodGxtbTFxUT09)

Fonte: Mauro Teixeira Martins, pesquisador da UFMG responsável pelos testes em Minas Gerais

Credenciamento para fotos dos testes: Whatsapp (31) 9 9131-9115

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG

(31) 99131-9115

www.icb.ufmg.br