Thaís Alessandra lança Aiyra e o Rio no Centro Cultural UFMG

Narrativa infantojuvenil traz visibilidade aos povos originários e inúmeras reflexões

O Centro Cultural UFMG convida para o lançamento do livro Aiyra e o Rio, da autora Thaís Alessandra, no dia 17 de março, às 17h. Baseada em uma história de ficção, com alguns elementos de realidade, a narrativa infantojuvenil traz visibilidade aos povos originários e inúmeras reflexões. A entrada é gratuita, com classificação livre.

Dividido em dois capítulos, O Silêncio Barulhento de Uaçá e A Maratona do Tempo, o exemplar é contado através de uma abordagem feminista e decolonial, na perspectiva de Aiyra, protagonista e personagem afro-indígena. Ela conta a sua história e se apropria dela do início ao fim, apesar de toda a influência do homem branco.

O primeiro capítulo é marcado pela amizade entre Aiyra e o rio Uaçá, apresentado por seu pai, grande pescador indígena, que ensina a filha a ouvir o silêncio desse rio. Ela percebe que somos parte da natureza, aprende os costumes das mulheres de sua nação indígena e absorve os ensinamentos do cacique Ajuricaba, homem mais velho e respeitado de seu povo.

A personagem teve que aprender a lidar com algumas dores e decepções, até então desconhecidas, como o racismo estrutural, que lhe roubou um pedaço de sua história, direcionando-a para muitos questionamentos. Aiyra ainda compartilha da dor de um grande amigo, Arthur, que sofre discriminação por ter uma mãe com diagnóstico bipolar.

O segundo capítulo descreve a chegada de Cauê, irmão de Aiyra, que veio ao mundo pelas mãos da parteira mais experiente de seu povo, dona Iracema, a mesma que realizou o parto de sua mãe Anahi, da própria Aiyra e de todas as mulheres da aldeia.

Aos doze anos Aiyra decide construir uma canoa para se aventurar com seu amigo Uaçá. Será que é apenas uma rebeldia de adolescente? O que será que acontece depois disso?

A autora se inspirou em uma palestra da 14ª Mostra de Cinema de Ouro Preto – CineOP –, em 2019, com a temática direcionada à territorialidade e às tradições orais. Na ocasião, ouviu o relato que as mulheres indígenas no Brasil, em sua maioria, são afro-indígenas e não possuem somente cabelos lisos, como expõem os livros de história, mas cabelos crespos e pele preta.
Além dessa inspiração, por meio de pesquisas Thaís utilizou nomes reais para as personagens indígenas, que na narrativa estão localizadas no estado do Amazonas e do Pará. Ritos apresentados em cada capítulo de Aiyra e o Rio foram investigados em fontes científicas e aleatoriamente inseridos na obra.

A maioria das histórias sobre os costumes desses povos são fictícias, com o intuito de aumentar a visibilidade dos povos originários, demonstrar respeito à cultura e chamar atenção do leitor para a importância dessa causa.

As ilustrações do livro são de Priscyla Abreu e a editora é a Revista África e Africanidades. A obra foi aprovada para compor o acervo da Biblioteca Digital Gratuita de São Paulo – BIBLION.

No dia do evento a autora estará presente para realizar um bate-papo sobre os assuntos apontados no livro, como o racismo estrutural, as questões afro-indígenas no Brasil, saúde mental e educação formal.

Serviço:

Lançamento do livro Aiyra e o Rio – Thaís Alessandra

Lançamento: 17 de março | 17h

Auditório do Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 - Centro – Belo Horizonte/MG)

Classificação indicativa: livre

Entrada gratuita

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria do Centro Cultural UFMG

Serviço

​Lançamento do livro Aiyra e o Rio – Thaís Alessandra

17 de março

17h

Auditório do Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 - Centro – Belo Horizonte/MG)