Trajetórias e desafios de escravos libertos são tema de livro fruto de mestrado na UFMG

A Caravana Grupo Editorial acaba de publicar o livro Libertos, patronos e tabeliães, fruto da dissertação de mestrado de Douglas Lima, defendida no Programa de Pós-Graduação em História da UFMG. No livro, o autor analisa as trajetórias e os desafios de escravos libertos que conquistaram suas alforrias na antiga Comarca do Rio das Velhas durante a primeira metade do século XVIII. O material foi elaborado após anos de pesquisa com documentos manuscritos - cartas e escrituras de alforria - resguardados no arquivo documental do Museu do Ouro/Casa Borba Gato em Sabará.

Ao final do livro, Douglas Lima reflete sobre algumas das características da escravidão em Minas Gerais no período colonial e sobre as tentativas do primeiro governador após o desmembramento da Capitania, o Conde de Assumar, de controlar a ocorrência das alforrias e as vidas dos libertos no território mineiro. No ano em que Minas Gerais completa seus 300 anos, a discussão aborda importantes aspectos dos primeiros anos do estado como território administrativo autônomo.

O livro pode ser adquirido no site da Caravana Grupo Editorial.

Livro: Libertos, patronos e tabeliães

Editora: Caravana Grupo Editorial

Sinopse: Quais as dinâmicas envolvidas na ocorrência de alforrias em antigas sociedades escravistas? Como era a relação entre o liberto e seu patrono? Que desafios enfrentavam mulheres e homens antes e depois da conquista de suas liberdades? Resultado destas e de outras inquietações, o livro "Libertos, patronos e tabeliães: a escrita da escravidão e da liberdade em alforrias notariais" analisa documentos de alforria registrados na Comarca do Rio das Velhas, porção territorial que abarcava grande parte de Minas Gerais no século XVIII. A pesquisa apresenta um contexto complexo, no qual a formalização de um novo status social estava condicionada a variáveis diversas. A discussão vai além da realidade mineira de outrora, já que aspectos dos processos de libertação de escravos também ocorreram de formas mais ou menos semelhantes em outros tempos e espaços. Ao longo do livro, emergem trajetórias intricadas, com personagens que operavam valores bastante diferentes dos nossos, mas, ao mesmo tempo, protagonistas de questões que ainda ressoam nos tempos atuais.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG