UFMG coordena rede de laboratórios para diagnóstico da Covid-19

Projeto reúne 13 instituições brasileiras e prevê esforço de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e extensão

Treze universidades públicas das cinco regiões geográficas do país compõem rede de laboratórios dedicada a ampliar a capacidade de realização de testes diagnósticos da Covid-19, por meio da detecção de marcadores moleculares do vírus Sars-CoV-2. A UFMG assumiu o papel de instituição executora do projeto, e a coordenação geral é do pró-reitor adjunto de Pesquisa da Universidade, professor André Massensini.

A iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações teve o formato de chamada por encomenda e contará com recursos de R$ 32,5 milhões, repassados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O projeto prevê, ainda, a coordenação de esforços de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, assim como ações de extensão, que incluem divulgação científica e suporte à sociedade. O apoio operacional ao projeto estará a cargo da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), vinculada à UFMG.

Em sua justificativa, o projeto enfatiza que a testagem em massa da população e a coleta e organização de dados epidemiológicos são fundamentais para embasar a tomada de decisões diversas – como medidas de restrição de circulação de pessoas e isolamento social – e a disponibilização de informação confiável à sociedade.   

O Projeto institucional em rede: laboratórios de campanha para testes de diagnóstico da Covid-19 congrega mais de 20 laboratórios, entre aqueles vinculados aos hospitais universitários, os de caráter multiusuários e unidades laboratoriais de pesquisa. Cento e dezoito pesquisadores, além de técnicos e estudantes bolsistas, participarão da iniciativa.

Confiança e capacidade

André Massensini chama a atenção para o potencial do projeto como fonte de produção de conhecimento e formação de recursos humanos, e como mais uma demonstração da importância da ciência e das universidades. “Estamos prontos para atender a mais essa demanda da sociedade. Mas não se pode esquecer que o investimento na pesquisa precisa ser contínuo, e não apenas em momentos de emergência, para garantir que as estruturas estejam permanentemente em condições plenas de funcionamento”, afirma o pró-reitor adjunto de Pesquisa da UFMG, que é professor do Instituto de Ciências Biológicas.

Ainda de acordo com Massensini, a UFMG se beneficia da longa experiência de seus pesquisadores em áreas como genética, imunologia e virologia. “Nosso papel de liderança nesse projeto se deve à confiança que a Universidade conquistou em quase um século de existência”, disse, mencionando também a experiência e a capacidade comprovada da Fundep na operacionalização e gestão de recursos para iniciativas como essa.

O projeto prevê a realização de 100 mil testes de diagnóstico por mês, e 30% deles serão feitos em sete laboratórios da UFMG, que já estão dedicados à testagem para a Covid-19. Os kits para os testes por PCR serão fornecidos pela Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), localizado no Rio de Janeiro.

ParticipantesAs universidades participantes, além da UFMG, são as federais Fluminense (UFF), da Paraíba (UFPB), de Pernambuco (UFPE), de Goiás (UFG), de São Paulo (Unifesp), de Santa Maria (UFSM/RS), do Mato Grosso do Sul (UFMS), do Rio de Janeiro (UFRJ), do Amazonas (Ufam), do Paraná (UFPR), do Oeste da Bahia (Ufob) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC/BA).

Da UFMG, estão envolvidos os professores André Massensini, Betânia Drumond, Erna Kroon, Flávio Fonseca, Giliane Trindade, João Trindade Marques, Jonatas Abrahão, Mauro Teixeira, Renato Santana, Ricardo Gazzinelli e Santuza Teixeira, vinculados ao Instituto de Ciências Biológicas; Henrique Figueiredo e Zélia Lobato, da Escola de Veterinária; Adriano Sabino e Ana Paula Moura Fernandes, da Faculdade de Farmácia, José Nélio Januário, da Faculdade de Medicina.

Esses pesquisadores atuam nos sete laboratórios da UFMG credenciados para o projeto: o CT-Vacinas (BH-TEC), o Laboratório de Vírus, o INCT Dengue o Laboratório de RNA de Interferência (esses três do ICB), o Laboratório de Genética e Biologia Molecular, vinculado ao Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina, o Laboratório Institucional de Pesquisa em Biomarcadores (Linbio), da Faculdade de Farmácia, o Aquacen e o Laboratório de Virologia, ambos da Escola de Veterinária.

(Texto de Itamar Rigueira Jr.)

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG