UFMG é parceira da rede Periferia Viva – Força-Tarefa Covid-19

Tecnologia social que objetiva minimizar os impactos da Covid-19 nas vilas, favelas, aglomerados e ocupações urbanas disponibiliza plataforma par

Promover a vida onde ela está mais ameaçada pela pandemia. Esse é o propósito da rede Periferia Viva – Força-Tarefa Covid-19, que nasceu em março e foi oficialmente lançada esta semana. A iniciativa é uma realização da Associação Imagem Comunitária (AIC) em parceria com o Mobiliza – Grupo de Pesquisa em Comunicação, Mobilização Social e Opinião Pública da UFMG. A rede conta, ainda, com uma aliança estratégica com o Fórum das Juventudes da Grande BH e a Laço Associação de Apoio Social. Reúne um amplo leque de ações de articulação de sujeitos, grupos e instituições, uma plataforma on-line de suporte a tais ações, além de uma estratégia de comunicação para o enfrentamento do problema.

Diversos fatores fazem com que as periferias sejam territórios de alto risco à saúde individual e coletiva: pobreza, precariedade das condições de moradia, alimentação e saneamento, baixo acesso a oportunidades educativas e a informações de qualidade relacionadas à saúde preventiva, deficiências dos equipamentos e serviços de saúde pública, dentre outros. Além disso, são áreas de alta densidade populacional, em que a maior parte das moradias aglomera muitas pessoas no mesmo espaço. Todos esses fatores de risco fazem com que as populações periféricas sejam as mais vulneráveis à contaminação e às complicações da Covid-19 – inclusive à letalidade. Em consequência dos impactos da pandemia na economia, essas populações também sofrerão de forma aguda problemas como o agravamento das situações de pobreza e de extrema pobreza e a falta de segurança alimentar. É nesse contexto, grave e desafiador, que a iniciativa incide.

Com atuação prioritária na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), a força-tarefa foi criada para dar visibilidade e articular apoios e parcerias aos esforços já em curso de mobilização social e vigilância civil para o enfrentamento à pandemia do coronavírus na perspectiva da defesa do direito à vida, à dignidade e à cidadania das populações periféricas. A ideia é conectar as iniciativas, campanhas e demandas da sociedade civil organizada a quem pode contribuir e fortalecer essa rede de solidariedade, considerando as áreas de segurança alimentar e proteção, saúde mental, informação e mobilização, bem como geração de renda.

Semanalmente, uma equipe da AIC, integrantes do Mobiliza UFMG e outros voluntários fazem contato com as iniciativas e entidades que atuam nas vilas e favelas para coletar demandas, necessidades e boas práticas. As boas práticas inspiram outras iniciativas, já as demandas e necessidades são encaminhadas a uma rede de apoio que pode atuar na solução: profissionais de saúde mental que podem prestar atendimento a distância, parceiros que podem fazer doações, advogados populares que podem atuar no esclarecimento e orientação do acesso a direitos, uma equipe de comunicação que pode produzir materiais informativos, segundo a demanda de cada localidade.

Dentre as ferramentas da referida tecnologia social, tem-se a plataforma on-line, que reúne e disponibiliza, de forma aberta, ampla e gratuita, todas as informações levantadas nas ações de articulação social. Além disso, fortalece essas ações de articulação, ao dar visibilidade às iniciativas de enfrentamento ao coronavírus nos territórios periféricos e ao possibilitar o cadastro virtual tanto das iniciativas em curso e das demandas quanto das ofertas de apoio e as oportunidades de ação colaborativa.

Na plataforma, a sociedade localiza no mapa da grande BH as iniciativas que estão em curso junto à população vulnerável e pode ter informações sobre como apoiar. E não são só doações que fazem a diferença. Comprar máscaras de proteção e outros produtos de pequenos empreendimentos solidários das periferias é uma forma importante de exercer a cidadania e apoiar as populações em situação de risco social.

Rafaela Lima, que é gestora da AIC e aluna de doutorado do  Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG (PPGCOM), conta que a principal ação do Periferia Viva é o trabalho de articulação. “A visibilidade no portal é importante para as iniciativas, pois é um reconhecimento de seu trabalho e um meio de atrair apoios e doações. Mas percebemos que o essencial tem sido a atuação propositiva da equipe, que identifica oportunidades de ações conjuntas e fomenta parcerias – possibilitando, assim, que pessoas, instituições e empresas juntem forças, atuem colaborativamente”, afirma.

Para Nathália Vargens, aluna do 8º período do curso de Relações Públicas da UFMG e integrante da equipe, atuar no Periferia Viva tem sido uma experiência pessoal e acadêmica muito significativa: “é uma oportunidade de ver de perto como o trabalho de construção de rede é potente. Estamos conseguindo envolver atores sociais que vêm de lugares muito diferentes (universidade, movimentos sociais os mais variados, instituições, empresas, moradores das comunidades). Eles vão se somando e, ao atuarem juntos, geram resultados muito transformadores”.

Serviço:

Plataforma - www.periferiaviva.org.br

E-mail - contato@periferiaviva.org.br

Instagran - @periferiaviva

Whatsapp - (31) 9124-3701

(Com informações da Associação Imagem Comunitária (AIC)

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG