UFMG, Ufop, UFV e IFMG unem-se para apoiar comunidades afetadas pelo desastre de Mariana

Edital inédito destinará R$ 2 milhões para financiar projetos de extensão em interface com a pesquisa, com foco na Agenda 2030 e no combate à pan

A UFMG, as universidades federais de Ouro Preto (Ufop) e de Viçosa (UFV) e o Instituto Federal de Educação, Ciência, Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) vão desenvolver projetos conjuntos de extensão em interface com a pesquisa para apoiar as comunidades afetadas pelo rompimento, em novembro de 2015, da barragem de Fundão, em Mariana, de propriedade da mineradora Samarco. As propostas devem seguir as regras de edital inédito lançado no dia 8 de outubro. Os recursos disponíveis totalizam R$ 2 milhões.

Os projetos deverão ser focados no enfrentamento da covid-19 nas localidades afetadas pelo desastre e na concretização de, ao menos, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU) – também conhecidos como Agenda 2030.

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida encara a parceria firmada entre as quatro instituições como mais uma prova do compromisso das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) com a sociedade mineira. “Estamos unindo a nossa competência técnica e científica para apoiar comunidades de dezenas de localidades que foram vítimas de um dos maiores desastres socioambientais da história do Brasil. Muitas famílias perderam patrimônio, fontes de renda e até referências afetivas e emocionais. Nossa atuação buscará atender algumas demandas das comunidades procurando compensar, ao menos em parte, suas enormes perdas”, sustenta a reitora.

Sandra Goulart também destaca a articulação entre as Ifes, o Ministério Público e a Justiça do Trabalho que resultou na elaboração do edital. “O trabalho conjunto e integrado será fundamental para potencializar os resultados das ações propostas”, analisa.

Submissão

Os projetos devem ser submetidos até 25 de novembro, por servidores docentes e técnico-administrativos em efetivo exercício nas instituições proponentes do edital, por meio de formulário eletrônico. Apenas uma proposta poderá ser submetida por grupo. O edital prevê ainda que a equipe dedicada à atividade seja formada por membros da comunidade universitária de ao menos duas das instituições.

Cada proposta poderá pleitear recursos de até R$ 100 mil, para custeio, entre outros itens, de material de consumo, manutenção de equipamentos, passagens, diárias e pagamento de bolsas de pesquisa e extensão de acordo com referências do CNPq.

A execução deverá se dar no prazo de 12 meses. A seleção e a classificação serão feitas por comitê avaliador interinstitucional. 

Ineditismo e inovação

A rede mobilizada pelo edital conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Vara da Justiça do Trabalho de Ouro Preto. As iniciativas aprovadas serão financiadas com recursos provenientes de multa aplicada à mineradora Samarco.

A pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, ressalta que o edital contém inovações, como a viabilização de projetos conjuntos que articulam extensão e pesquisa e a incorporação da Agenda 2030 às políticas acadêmicas.“É muito importante que as universidades continuem colaborando com as populações e territórios atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, pois, mesmo quase cinco anos depois do desastre, há muito ainda por fazer. Também é de grande relevância incorporarmos a Agenda 2030 e fomentarmos a concretização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, destaca a pró-reitora.

Claudia Mayorga também enfatiza a importância da atuação em rede, base da articulação materializada no edital. “O trabalho de universidades e institutos mineiros que resultou na proposição do edital é inovador e necessário, notadamente neste momento desafiador", conclui.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG