UFMG vai detectar comportamento e alcance do coronavírus em Betim

Mais de cinco mil pessoas no município serão testadas por meio da combinação dos métodos RT-PCR e soroprevalência

Em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para cada caso confirmado de covid-19 há outros 11 não notificados. Esse resultado consta da primeira etapa da pesquisa que pretende identificar o comportamento do coronavírus e sua circulação no município. Em parceria com a secretaria de saúde do município, a UFMG vem realizando testes em domicílios da cidade, que tem população de 439.340 pessoas.

O projeto combina o método otimizado do teste RT-PCR, oferecido pela UFMG, e o teste de soroprevalência, estudado pela Secretaria Municipal de Saúde. A intenção é fazer uma testagem para o coronavírus em 5,4 mil pessoas em Betim. São cinco etapas, com testagem de 1.080 pessoas por etapa, em intervalos de 21 dias entre cada uma delas. Em cada abordagem, é feito o teste rápido sorológico, e uma coleta da suabe nasal, com cotonete, que posteriormente é examinada em laboratório.

A pesquisa Soroprevalência para Sars-CoV-2 em residentes de Betim MG - 2020 tem como coordenadores a enfermeira da rede assistencial de Betim Ana Valesca e os professores do Laboratório de Biologia Integrativa da UFMG, Renan Pedra e Renato Santana. A equipe da UFMG obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, e a primeira etapa de coletas ocorreu de 2 a 4 de junho. O resultado inicial dessas amostras saiu no dia 14 de junho. 

Também são realizados exames adicionais nas amostras para detectar outras condições e comorbidades, com o objetivo de fornecer um amplo quadro de informações sobre a saúde da população de Betim. Os pacientes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido e podem acessar os resultados pela internet.

Após o estudo, será feito sequenciamento de genoma usando equipamento e expertise da UFMG para entender como o vírus se propaga, aplicando os modelos de filogenia e filogeografia. À medida que se multiplica, o vírus sofre mutações (filogenia) e, ao rastrear suas variações, é possível conhecer seus percursos (filogeografia). Quanto mais mutações, maior seu alcance. A segunda rodada de coletas foi realizada de 23 a 25 de junho, e a terceira rodada estava programada para esta semana.

Saiba mais em vídeo produzido pela TV UFMG.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG