Vídeo sobre espécie rara de rã, de pesquisadora da UFMG, recebe prêmio de divulgação científica no Genética 2019

O trabalho de Caroline Oswald sobre rã ameaçada também recebeu Menção Honrosa na modalidade apresentação oral no Prêmio Paulo Sodero Martins

O 65º Congresso Brasileiro de Genética, promovido pela Sociedade Brasileira de Genética (SBG), escolheu o vídeo da aluna de doutorado Caroline Batistim Oswald, do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, como o melhor na categoria Evolução, dentre os participantes dos Prêmios Divulgação Científica - SBG/Bayer Brasil Crop Science. Os prêmios envolviam também outras seis categorias: Genética Humana; Biologia Molecular, Genômica, Bioinformática; Genética de Microorganismos; Genética Animal; Mutagênese e Genética Vegetal. No mesmo congresso, o trabalho também recebeu Menção Honrosa no Prêmio Paulo Sodero Martins, dirigido a alunos de pós-graduação, desta vez apresentados na forma oral. Assista ao vídeo premiado

O vídeo de Caroline Oswald apresentou uma versão descolada do trabalho de pesquisa de seu mestrado, quando ela avaliou a ocorrência de uma espécie de rã, a Ischnocnema manezinho (I. manezinho), na região de Santa Catarina. Model based species delimitation as a tool to identify undescribed anurans in southern atlantic forest (algo como Delimitação de espécies baseadas em modelos como ferramenta para identificar anuros não descritos na floresta atlântica austral) foi orientado pelo professor Paulo Garcia, do Laboratório de Herpetologia do ICB, e também pelo professor Selvino Neckel, da Universidade Federal de Santa Catarina, onde a pesquisadora graduou-se. Colaboraram o professor Fabrício Santos, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do ICB, e o aluno de pós-doutorado em zoologia Rafael Felix Magalhães.

I. manezinho

A espécie foi achada e descrita para a ciência em 1996, pelo professor Paulo Garcia, a partir de uma população da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. A partir de sua descrição, outras populações foram encontradas em áreas de mata atlântica do Leste do Estado de Santa Catarina e até na Ilha do Arvoredo.

O objetivo do estudo foi avaliar se essas populações correspondiam à espécie I. manezinho ou se poderiam fazer parte de outras espécies. Dentre outros achados, eles descobriram que I. manezinho só existe mesmo em Florianópolis e que as rãs do entorno são de outras espécies, ainda não registradas. Em continuidade ao estudo, os cientistas usarão exames de DNA, junto com dados de morfologia e vocalização, para classificar esses animais de uma forma mais objetiva.

Curiosidade

A nomenclatura Ischnocnema manezinho é, na realidade, uma mistura de nome científico e homenagem à localidade de descoberta da rã. O professor Paulo Garcia, do Laboratório de Herpetologia do ICB, explica que todo nome científico para uma espécie é sempre binomial e o primeiro nome é correspondente ao grupo genérico (do gênero) que a espécie é registrada. “Seria o equivalente ao nosso nome de família, mas escrito antes”, ensina ele. Já o segundo nome seria escolhido pelos cientistas para batizar ou registrar a espécie. “É o que chamamos de epíteto específico. Neste caso, o epíteto escolhido foi manezinho, em alusão ao gentílico designado ao nativo da Ilha de Santa Catarina manezinho-da-ilha”, esclarece.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG

(31) 3409-3011

www.icb.ufmg.br

Serviço

Vídeo sobre espécie rara de rã recebe prêmio de divulgação científica no Genética 2019