Extensão

A nanotecnologia vai à escola

Projeto Nanoeducar, idealizado por equipe interdisciplinar, desenvolve estratégias para esclarecer as aplicações desse campo

Lídia Andrade, Felipe Reis e Polyane Reis com modelos tridimensionais das estruturas nanométricas
Lídia Andrade, Felipe Reis e Polyane Reis com modelos tridimensionais das estruturas nanométricas Acervo do projeto

A nanotecnologia está a cada dia mais presente no cotidiano, mas pouca gente sabe disso. Muito mais reais do que parecem nos filmes da Marvel, os nanomateriais estão presentes nos pneus e até na cardiologia. Explicar as vastas aplicações desse campo é o principal objetivo do projeto Nanoeducar: enxergando o invisível. Desenvolvido por equipe interdisciplinar, o projeto tomou forma ao ser contemplado em edital da Apubh que selecionou propostas de divulgação científica na UFMG. 

Segundo a pesquisadora Lídia Maria de Andrade, do Departamento de Física da UFMG, uma das responsáveis pelo projeto, a nanotecnologia tem alterado drasticamente as propriedades físicas, óticas e os modos de uso dos materiais conhecidos. Além disso, essa tecnologia, que só começou a ser estudada na segunda metade do século 20, tem possibilitado até mesmo o desenvolvimento de novos materiais. Isso tudo porque trabalha com materiais em dimensões quase atômicas – o nanômetro, sua medida-base, equivale a um bilionésimo de metro –, o que favorece o processamento de alterações profundas e precisas nesses materiais.

Entre a crescente importância da nanotecnologia nas nossas vidas e a pouca informação sobre as pesquisas realizadas no Brasil, surgiu a proposta do Nanoeducar. O projeto se baseia na produção de material educativo sobre a nanotecnologia, na forma de revistinhas, animações com o mascote Faraó Tutacanano e modelos tridimensionais das estruturas nanométricas. Também investe no incentivo às crianças para que interpretem as informações usando massinhas e recicláveis, comparando com o aprendizado obtido por meio do material do Nanoeducar

Detalhes do projeto estão descritos em matéria publicada na edição 2.073 do Boletim UFMG, que circula nesta semana.