Extensão

Debate no Café Controverso aborda constipação intestinal

Neste sábado, 14, médica e psicóloga tratam de aspectos diversos do problema, conhecido também como prisão de ventre

Na próxima edição do Café Controverso: Saúde em Pauta, neste sábado, 14, a partir das 11h, especialistas vão abordar a constipação funcional, referência à prisão de ventre, ou intestino preso, como doença orgânica não detectável. 

Promovido pelo Instituto Unimed-BH e pelo Espaço do Conhecimento UFMG, o evento terá a participação da gastroenterologista pediátrica Márcia Fantoni, professora aposentada  da UFMG, e da psicóloga especializada em nutrição Valéria Tassara. O debate será mediado pela também professora aposentada da Faculdade de Medicina Rocksane Norton.

Marcia Fantoni:
Marcia Fantoni: constipação não é doença orgânica detectávelArquivo pessoal

A constipação intestinal, que na maior parte das vezes é tida como um transtorno funcional, tem início, comumente, no primeiro ano de vida. “Cerca de 14% dos casos atendidos em consultas pediátricas são relativos à constipação funcional, e o diagnóstico precoce é fundamental, mas nem sempre feito corretamente. Os sinais de alerta, no caso das crianças, são a consistência das fezes, dores abdominais e presença de sangue, e os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos”, explica Márcia Fantoni.

Segundo ela, “o problema é prevalente em meninos, mas, gradativamente, a relação se inverte, e o transtorno torna-se mais comum em mulheres adultas. Com o passar do tempo, podem ser desencadeados problemas psicológicos secundários e surgir complicações. Adultos com constipação são mais propensos ao câncer de cólon, por exemplo”. A médica esclarece, ainda, que uma dieta normal, rica em fibras e associada ao consumo de líquidos, pode contribuir para a prevenção, mas, depois de instalada, a constipação só é corrigida com tratamento medicamentoso.

Valéria Tassara:
Valéria Tassara: não há relação de causa e efeito únicaArquivo pessoal

A psicóloga Valéria Tessara ressalta a necessidade de uma avaliação sistêmica para diagnóstico e tratamento da constipação. “A ciência evoluiu, e uma análise integrada é fundamental, associando o tratamento medicamentoso à terapia. Não há uma única relação de causa e efeito no caso da constipação, e não podemos generalizar as questões, pois as crianças se expressam de várias formas sobre a realidade que vivem", diz.

O debate começa às 11h, no Espaço do Conhecimento, que fica na Praça da Liberdade, 700. A entrada é gratuita, e não é necessário fazer inscrição. Mais informações podem ser solicitadas pelo telefone (31) 3409-8350.

Com Espaço do Conhecimento UFMG e Instituto Unimed-BH