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Camelôs tem até sexta-feira para pedir locação definitiva em shoppings populares​

Vendedores ouvidos pela UFMG Educativa estão apreensivos e divididos sobre a mudança

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Decreto prevê inclusão social e produtiva dos camelôs no mercado formal
Rodrigo Clemente | PBH

Os 997 camelôs cadastrados pela Prefeitura de Belo Horizonte têm até sexta-feira, 24, para apresentar os documentos necessários para concorrer a uma vaga definitiva nos shoppings populares. No entanto, os vendedores estão apreensivos e divididos sobre a mudança.

"O lucro na rua é melhor", disse Antônia Edna Silva, 46 anos, que aceitou ocupar o espaço no shopping de maneira temporária. "Não estou dando conta de pagar água, luz, nada", reclama Aparecido Ferreira, 34 anos, que é camelô há 17 anos.

Já Aparecida Lara Lopes, de 57 anos, camelô há 33 anos, está otimista. "Aqui está bom, não estamos molhando, não tem polícia correndo atrás da gente e prendendo a nossa mercadoria", declarou. O camelô Alex Peireira, de 54 anos, conta que está ganhando pouco, mas "dá para me manter".

O Plano de Ação do Hipercentro foi instituído em junho por meio do Decreto 16.634/2017. Segundo a Prefeitura, ele prevê a inclusão social e produtiva de camelôs com a inserção no mercado formal de trabalho. As 1.387 vagas definitivas oferecidas pelos centros comerciais estão distribuídas da seguinte forma: 204 no shopping Xavantes, 511 no Uai e 672 vagas no O Ponto.

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Reportagem veiculada no Jornal UFMG desta terça-feira, 21 de novembro de 2017.