Centro da UFMG que pesquisa vegetação nativa faz 10 anos
Programação de evento comemorativo inclui palestra sobre oportunidades e desafios da ciência em Minas
Uma década de pesquisas sobre as plantas úteis nativas do Brasil, especialmente as medicinais, será comemorada no próximo dia 2, em seminário no Museu de História Natural e Jardim Botânico. Criado em 2007, o Centro Especializado em Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas (Ceplamt) da UFMG dedica-se a estudos de recuperação e divulgação de informações históricas e técnico-científicas, com publicação de livros, realização de oficinas e outras formas de divulgação em parques e escolas.
Os trabalhos do Ceplamt são conduzidos por grupo de pesquisadores de diferentes áreas e instituições, além de estudantes de graduação e pós-graduação. O Centro tem o objetivo de contribuir para a preservação da vegetação nativa do Brasil e ampliar o seu aproveitamento.
No evento, será anunciada a retomada do Circuito das Plantas Aromáticas e Medicinais, projeto desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. Além da formação de mesa-redonda que reunirá a primeira diretoria do Centro, a programação inclui a conferência Oportunidades e desafios para a pesquisa em Minas Gerais, que será proferida pelo professor da UFMG Paulo Sérgio Ladeira Beirão, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Haverá também apresentação da nova coordenação administrativa do Centro, descerramento de placa comemorativa e visita aos espaços do Ceplamt. Interessados em participar da programação, que começa às 9h, devem confirmar presença pelo e-mail contato.dataplamt@gmail.com. A programação completa pode ser vista aqui.
Publicações
Em dez anos de atuação, o Ceplamt publicou diversas obras que resgatam informações sobre plantas nativas. Em 1997, lançou a cartilha Plantas Medicinais, ilustrada pela equipe do Estúdio Maurício de Souza. O livro Plantas úteis de Minas Gerais reúne dados e imagens, históricas e atuais, de 101 plantas medicinais nativas do estado, descritas pelos naturalistas que percorreram o Brasil no século 19.
O Centro também lançou História das plantas úteis e medicinais do Brasil, reedição da obra do farmacêutico alemão Theodor Peckolt e de seu filho Gustav, publicada de 1888 a 1914. O tratado descreve usos tradicionais, localização, características botânicas e resultados de análises químicas, feitas por eles já naquela época, de quase mil plantas nativas do Brasil ou adaptadas.