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Chacina de Unaí completa 15 anos, e luta contra o trabalho escravo permanece

Entrevista no programa Conexões relembrou a chacina e abordou trabalho escravo no país

Em 2014, ato público em frente ao STF, lembrou os 10 anos da Chacina de Unaí
Em 2014, ato público em frente ao STF, lembrou os 10 anos da Chacina de Unaí Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Nesta semana, é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data é marcada pelo dia 28 de janeiro, e foi instituída em homenagem aos auditores-fiscais Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados durante investigação de denúncias de trabalho escravo em Unaí, Minas Gerais.

Conhecido como Chacina de Unaí, o crime, que completa 15 anos em 2019, foi encomendado pelos fazendeiros Antério e Norberto Mânica, que haviam sido denunciados por denúncias de violações trabalhistas.

De acordo a legislação brasileira, o trabalho escravo moderno afeta não apenas o princípio da liberdade de ir e vir, mas também as condições de dignidade da pessoa humana. Assim sendo, quatro elementos podem caracterizar o trabalho escravo: condições degradantes de trabalho, jornada exaustiva, trabalho forçado e servidão por dívida. 

Em 1955, o Brasil se tornou um dos primeiros países do mundo a reconhecer a existência de trabalho escravo. De lá até 2014, cerca de 50 mil trabalhadores em condições degradantes foram resgatados.

O auditor fiscal do trabalho Marcelo Campos, presidente da Delegacia Sindical de Minas Gerais – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), falou sobre os 15 anos da Chacina de Unaí e sobre o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 29.

Ouça a conversa com Luíza Glória

No ano passado, a pedido do Sinait, um quadrinista contou a história da Chacina de Unaí em uma HQ.  A revista tem três capítulos pode ser lida no site da entidade.

Produção de Giulliana Santos, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória