Pesquisa e Inovação

Com seminário, Centro de Estudos Mineiros comemora 60 anos

Evento, que será realizado terça e quarta, discutirá aspectos da vida de Belo Horizonte e Tiradentes

Vista do Mirante das Mangabeiras - Belo Horizonte
Vista do Mirante das Mangabeiras, em Belo Horizonte Carlos Avelin / PBH

Aspectos culturais, econômicos, sociais e patrimoniais de Belo Horizonte e de Tiradentes serão abordados nesta semana, no campus Pampulha, no 11º Seminário de Estudos Mineiros. O evento, que será aberto na manhã desta terça-feira, 7, prossegue até o dia seguinte, no Auditório A 104 do Centro de Atividades Didáticas de Ciências Humanas (CAD 2). As inscrições, enquanto houver vagas, devem ser feitas pelo endereço eletrônico cem@fafich.ufmg.br.

Relacionadas ao tema A cidade capital e a vila colonial: 120 anos de Belo Horizonte – 300 anos de São José do Rio das Mortes/Tiradentes serão realizadas seis mesas-redondas e duas conferências que reunirão pesquisadores brasileiros e o historiador norte-americano Marshall Eakin, especializado em América Latina e na história do Brasil.

O evento comemora os 60 anos de atividades do Centro de Estudos Mineiros (CEM), órgão complementar da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). De acordo com o coordenador, professor José Newton Coelho Meneses, a intenção é conferir periodicidade bianual às próximas edições.

Segundo ele, esses eventos tiveram início no ano anterior à criação do CEM e, ao longo dos anos, “contribuíram sobremaneira para discussão e reflexão sobre a história de Minas e tematizaram reflexões importantes como o cinquentenário da UFMG, a República Velha em Minas, a Revolução de 1930 e a cidade em Minas Gerais”.

No Centro de Estudos Mineiros, surgiu o Programa de História Oral da Fafich, em 1990. O órgão também foi o primeiro responsável pela edição da revista Barroco.

Programação
O seminário será aberto com a conferência Cidade letrada, da professora emérita da UFMG Eneida Maria de Souza. As seis mesas abordarão os temas A cidade republicana, A cartografia de Minas Gerais e de Belo Horizonte (séculos 18, 19 e 20)Performances da rua: interpelações, descentralizações, deslocamentos do espaço urbano, Patrimônio e urbanidade na capital republicana e na vila colonial: riscos e salvaguardasUm outro olhar sobre Belo Horizonte: os semanários Binômio (1952-1964) e De Fato (1976-1978) e Tiradentes: cultura e história – 300 anos – desafios. A programação está disponível aqui.

Na conferência de encerramento, Belo Horizonte: capitalismo tropical, industrialização temperada, o historiador norte-americano Marshall Eakin traz para o debate o tema de sua tese de doutorado, Tropical Capitalism - The Industrialization of Belo Horizonte, Brazil, 1897-1997, publicada como livro em 2001.

Na obra, o professor da Universidade Vanderbilt (EUA) cita a industrialização da capital mineira como exemplo de forma extrema do padrão brasileiro de industrialização, ou seja,­ uma variação do capitalismo caracterizada por intervenção estadual, clientelismo, redes familiares e baixa inovação tecnológica. A conferência será proferida em português.