Dia Mundial do Rock: Noite Ilustrada relembra as origens do rock
Estilo que teve origem na música negra se tornou popular com artistas brancos como Elvis Presley
O dia 13 de julho marca o Dia Mundial do Rock. A data foi escolhida em referência ao 13 de junho de 1985, quando foi realizado o evento beneficente Live Aid, que reuniu diversos nomes do gênero. A comemoração do dia, porém, só pegou aqui no Brasil.
Quando olhamos para essa data, pensamos no que tradicionalmente é lembrado como representante desse estilo musical. As botas, as camisas pretas, os gritos no palco, os solos de guitarra, tudo isso faz parte de um imaginário que perdura até hoje. O rock está longe de acabar, porque ele é, acima de tudo, um gênero fundado na inconformidade, e enquanto haja com o que se inconformar, ali tem espaço para o rock se fazer ouvir.
E se ele está longe de morrer, é interessante propor o questionamento: quando ele surgiu? Para muitos, a resposta parece vir já na ponta da língua, e relaciona o surgimento do gênero à Elvis Presley nos anos 50. Relação que não está errada. Elvis foi certamente um dos maiores responsáveis pela popularização do rock, mas existia muita gente antes dele construindo esse gênero. As influências do blues, jazz e gospel foram os pilares fundadores do rock, e a comunidade negra americana, principalmente no sul do país, estavam fazendo rock não apenas antes de Elvis, mas até para o próprio Elvis. Pensar na comunidade negra como fundadora do rock não é apenas um resgate histórico, mas é também uma maneira de modificar a forma como enxergamos a música hoje em dia. O rock conversa, por exemplo, com o samba e com o hip-hop, que também tem raízes na cultura negra e na inconformidade.
Sobre o assunto, o programa Noite Ilustrada veiculou, neste 13 de julho de 2022, uma entrevista com Filipe Larêdo, professor universitário, gerente de conteúdo e apresentador do Zona Rock na Rádio Unama FM, da Amazônia. Na conversa, o apresentador Luiz Fernando Freitas e Larêdo discutem as origens do rock como fruto da cultura negra e os desdobramentos dessa história.
Ouça a conversa com o apresentador Luiz Fernando Freitas: