Extensão

‘Domingo no campus’: preservação ambiental, diversidade e inclusão marcam 23ª edição

Cerca de 3 mil pessoas visitaram o campus Pampulha para participar de atividades de lazer, esporte e cultura

Bosque da música teve atividades do projeto 'Tô de boas...tô no campus'
Bosque da música teve atividades do projeto 'Tô de boa...tô no campus!' Foto: Júlia Ramos | Proex

Yoga, meditação, piquenique musical, passeio ciclístico, feiras de adoção animais e agroecológica, forró, dança, teatro, contação de histórias, esgrima, k-pop, xadrez, oficinas, jogos, brincadeiras, entre outras atividades, encantaram pessoas de todas as idades na manhã desse domingo, 9 de junho, no campus Pampulha da UFMG .

A Praça de Serviços foi palco da feira agroecológica, que mereceu atenção da agricultora Helena Gonçalves da Silva, moradora do bairro Ribeiro de Abreu, na região Nordeste da capital. Apaixonada pela agroecologia e pela economia popular solidária, ela veio à UFMG conhecer o evento, a feira, os alimentos, produtos e quitutes.

Depois de percorrer as atrações entusiasmados, os amigos João Saboia e Marcos Paes, estudantes de pós-graduação, praticaram yoga, receberam orientações de saúde em frente à Reitoria e se dirigiram, em seguida, à Praça de Serviços, onde havia também forró e observação solar. Paes foi outro que participou do Domingo no campus pela primeira vez. “Já estive em outros eventos da UFMG, mas este é especial, muito rico em atividades, com integração recíproca e interessante entre as comunidades acadêmica e externa”, disse.

Saúde e acessibilidade

Estudantes do curso de Enfermagem no estande do projeto 'Cuidarte'.
Estudantes do curso de Enfermagem no estande do projeto 'Cuidarte'. Foto: Júlia Ramos | Proex

Em frente à Reitoria, no estande do projeto de extensão Cuidarte, no Espaço Saúde, estudantes do curso de Enfermagem da UFMG ofereceram informações sobre doenças crônicas adquiridas pelos maus hábitos. “Muitas doenças são silenciosas e podem ser adquiridas pelo estilo de vida. É muito importante falar com propriedade sobre diabetes, hipertensão, aterosclerose e sobre equilíbrio para uma vida saudável. Essa vivência e a experiência com a população, por outro lado, são muito importantes para nossa formação”, destacou a aluna Raíssa Mourão [primeira à esquerda, na foto], durante os atendimentos ao público.

O evento também contou com atividades promovidas pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI/UFMG). Eduardo Homem de Sá e Amanda Silva de Sá, ambos com deficiência visual, aproveitaram o xadrez, uma das atividades acessíveis, ao lado dos filhos, e destacaram a importância desse tipo de opção de lazer em Belo Horizonte.

Eduardo Homem de Sá (ao centro) e Amanda Silva de Sá, com a família
Eduardo Homem de Sá (ao centro) e Amanda Silva de Sá, com a família Foto: Júlia Ramos | Proex

Lazer infantil e diálogo sobre maternidade

A manhã foi especial também para as crianças. Acompanhados dos pais, os amigos de escola Davi Maia e Enzo José, de sete anos, vivenciaram o campus Pampulha divertindo-se com atrações como a Caça ao tesouro em família: (Re)descobrindo o espaço com a caminhada, que estimulou a garotada a exercer a mobilidade ativa e a valorizar as áreas verdes e o meio ambiente.

Já o pequeno João Pedro veio com a família e deslumbrou-se com o Museu da Matemática, de onde não queria sair. “Meu filho gosta muito de atividades que o desafiam, como lógica e raciocínio. Ele se encontrou aqui”, disse a mãe, Fabiana Pereira, contente.

Davi Maia e Enzo José
Davi Maia e Enzo José Foto: Júlia Ramos | Proex

A alegria das crianças também foi garantida pelo Tô de boa…Tô no campus!, que contou com vôlei, slackline, bambolê e piquenique musical junino do Grupo Bambulha, no gramado do bosque da Escola de Música.

Atividade inédita na programação, a roda Mães na Universidade: apoio à vida materna e desenvolvimento infantil reuniu alunas da UFMG que vivenciam o desafio da maternidade. “Me senti à vontade e acolhida nesse espaço, ao perceber que não sou a única mãe na Universidade. Pelo contrário, há diversas mães que precisam de apoio e querem compartilhar suas experiências e sentimentos sobre o assunto”, contou a estudante do curso de engenharia civil Evellyn de Souza, mãe de Maria Flor, de oito meses.

Tradição e mobilização
Segundo a pró-reitora Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, uma das razões que explica o sucesso Domingo no campus é o engajamento da comunidade interna – estudantes, professores e técnicos administrativos – na proposição e organização das atrações. “Tivemos um número recorde de atividades nessa edição. Isso graças à participação da comunidade da UFMG que abraça o Domingo no campus. É uma alegria ver esse engajamento no mês dedicado ao meio ambiente”, comemorou Claudia.

Domingos no Campus
Sandra Goulart: sustentabilidade e preservação ambientalFoto: Júlia Ramos | UFMG

Para a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, a atividade é de suma importância para a Universidade e para Belo Horizonte. “O projeto começou pequeno e hoje virou tradição na capital. É uma enorme felicidade ver o campus lotado”, afirmou, lembrando que o evento também é realizado em Montes Claros, no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG.

A reitora acrescentou que a iniciativa contribui para o cumprimento de “missões prioritárias da UFMG como universidade pública e polo de educação, sustentabilidade, preservação ambiental, inclusão, convivência e harmonia com a população”.

A realização da prova da Stock Car, em agosto, no entorno do campus Pampulha – com obras em andamento que ocorrem à revelia da Universidade – foi citada pela reitora como uma relação desrespeitosa com a cidade e o meio ambiente. “No Domingo no campus, a UFMG faz exatamente o oposto", declarou.

A próxima edição do evento, no campus Pampulha, será realizada no dia 13 de outubro.

Eduardo Maia | Assessoria de Comunicação da Proex