Estação Ecológica volta a receber visitas escolares presenciais
Trilhas guiadas e oficinas promovem a educação ambiental de forma crítica
A Estação Ecológica da UFMG, ambiente que engloba uma importante área de conservação natural no campus Pampulha, retomou recentemente as atividades presenciais do Programa de Extensão Estação Ecológica (Proeco). As visitas presenciais estavam suspensas desde março de 2020, em razão da pandemia de covid-19. O objetivo do projeto é promover a educação ambiental de forma crítica, por meio de atividades com a comunidade escolar de Belo Horizonte e região metropolitana. Nas trilhas, os estudantes interagem com o meio ambiente e são estimulados a refletir sobre temas ambientais.
Para realizar a visita à Estação Ecológica, o representante das escolas interessadas deve preencher formulário de agendamento. Além da trilha guiada, é possível escolher oficinas, entre elas as que abordam bicho-pau, cartão ecológico, descarte, energia e pigmentos. As oficinas tratam também de questões socioculturais e político-econômicas associadas aos povos tradicionais, como indígenas, ribeirinhos, quilombolas e seringueiros. Os conteúdos reconhecem a contribuição desses povos para a manutenção da vida no planeta, inclusive da espécie humana.
No último dia 18, a Estação Ecológica recebeu estudantes e professores da Escola Escola Kid´s Village, que participaram de uma trilha guiada – durante a qual conheceram algumas espécies – e da oficina bicho-pau. A professora de artes da escola, Marilza Dutra, destacou os benefícios dessas atividades ao ar livre para as crianças: “Esse contato direto com a natureza proporciona um conhecimento para além da sala de aula, provoca ‘novos olhares’ e resgata a importância da relação com nosso ecossistema”. Segundo ela, abordar as questões ambientais é um dos seus propósitos pedagógicos “para criar a consciência do cuidado com a natureza e com a preservação desde cedo, tornando isso parte integrante da vida dos estudantes”.
Ensino, pesquisa e extensão
Em 2022, a Estação Ecológica comemora 30 anos, e uma programação especial está sendo preparada para celebrar a data no ano que também marca os 95 anos da UFMG. A área preservada foi tombada em 1992, como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. O local abriga espécies dos biomas Mata Atlântica e Cerrado e também contribui para a integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Na Estação, professores de unidades acadêmicas, como os institutos de Ciências Biológicas (ICB) e de Geociências (IGC), ministram aulas de diferentes disciplinas. Além disso, a Estação desempenha papel relevante no fomento às atividades de pesquisa fora dos limites da UFMG.