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Estupor e reconstrução: novas edições da Revista da UFMG estão disponíveis

Artigos abordam temas como economias transformadoras, desastres naturais e cultura alimentar

Artigo assinado por Kátia Lombardi, na edição 29.2, investiga de que maneira os hábitos alimentares podem contribuir para possíveis reorganizações culturais
Em artigo na edição edição 29.2, Kátia Lombardi investiga a maneira os hábitos alimentares podem contribuir para possíveis reorganizações culturais Imagem: Matheus Espíndola (via Dall-E)

Estão disponíveis para acesso gratuito os números 29.1 e 29.2 da Revista da UFMG. A primeira tem como tema Estupor, transformações sociais, (in)disciplina. Já a segunda trata da temática Reconstruções. As publicações podem ser baixadas gratuitamente no Portal de Periódicos.

A edição 29.1 teve como convidados os professores Estevam Barbosa de Las Casas, Daisy Moreira Cunha e Maria do Céu Diel de Oliveira e reuniu trabalhos de catedráticos e residentes que passaram pelo Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat). 

Os textos buscam o estupor e a constelação de possibilidades reflexivas com base em abordagens transdisciplinares. São conceitos de Massimo Cavenacci e Walter Benjamin, resgatados como uma espécie de metodologia de pesquisa, que visa a escalar as eternas fronteiras das disciplinas. 

O material trata da abertura da sensibilidade intelectiva do pesquisador que, na medida em que analisa o objeto-sujeito, precisa saber dialogar e refletir sobre si mesmo. 

Uma série de gravuras em metal, intitulada Imagens para uma memória desconhecida, de Maria do Céu Diel, foi especialmente organizada para esse número.

Metáfora da tradução
De acordo os editores do volume 29.2, Sabrina Sedlmayer, da Faculdade de Letras da UFMG, e Roberto Vecchi, da Universidade de Bolonha (Unibo), são muitos os gestos e movimentos envolvidos no tema Reconstruções.  

A edição propõe um convite para que, de forma transdisciplinar, áreas de conhecimento diversas operacionalizem a potencialidade do verbo reconstruir, que coloca em questão não só a importância do objeto, como também a relação entre objetos. 

A ideia de tradução, para os editores, também oferece uma potente reflexão para entender o termo reconstrução, pois o ato da tradução, que envolve a passagem de uma língua para outra, também engloba uma dimensão ética, já que envolve a capacidade de renovar uma frase, assumindo uma responsabilidade. 

Os editores acreditam que a reconstrução pressupõe sempre um posicionamento ético em relação ao tempo e deve ser pensada por meio do duplo movimento de desconstrução e reconstrução do objeto.

A Revista da UFMG é uma publicação quadrimestral da universidade, e tem o objetivo principal de abordar temáticas específicas, numa perspectiva interdisciplinar, com a possibilidade de divulgar também resultados de pesquisas e de produções teóricas e artísticas diversas, nos formatos de artigos, resenhas, ensaios, textos literários e imagens.