Exposição ‘Miniteatro de óperas de Carlos Villar’, com curadoria da UFMG, reúne mais de 700 objetos
Inauguração será nesta quinta, 6, na Funarte, com bate-papo, apresentação de árias e performance com trilha sonora ao vivo
![Foto: Mônica Dias Peças do Miniteatro foram restauradas na UFMG](https://ufmg.br/thumbor/ausmShWHsN9fZSrnSXNXNgUe3HE=/0x0:1603x1071/712x474/https://ufmg.br/storage/3/1/5/e/315e9add566b79cc833c26ef48a48c50_1680704978725_871390670.jpg)
Resultado de pesquisa feita em parceria da UFMG com a Funarte, a exposição do Miniteatro de óperas de Carlos Villar será inaugurada nesta quinta, 6 de abril, em evento que terá início às 18h, na Funarte, em Belo Horizonte. O Miniteatro é composto de mais de 700 objetos, entre cenários, bonecos, mobiliário, objetos cênicos e fragmentos soltos, além da caixa cênica, uma maquete que reproduz o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A entrada é gratuita, e a classificação etária, livre.
O Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da UFMG foi o órgão responsável pela execução da pesquisa coordenada pela professora Rita Lages Rodrigues, em 2022.
A programação da inauguração, que dialoga diretamente com o Miniteatro, inclui bate-papo com as curadoras – a conservadora Maria Tereza Dantas Moura e a professora da Escola de Belas Artes Rita Lages Rodrigues –, a performance Fios da vida, de Nani Oliveira, com trilha sonora ao vivo, a cargo de Vinícius Pelizari, e apresentação de árias de óperas com Daiana Melo (soprano) Helen Isolani (soprano) Joice Coutinho (mezzo-soprano) e Rhaniel Veríssimo (tenor), acompanhados pelo pianista Robério Molinari. A coordenação musical é da professora da UFMG Luciana Monteiro de Castro.
Homenagem a Carlos Gomes
As peças em exposição têm dimensões variadas e foram restauradas nos anos de 2020 e 2021, por equipe coordenada por Maria Tereza Dantas Moura, que concluiu o mestrado na UFMG em 2022. Idealizado e construído ao longo de 15 anos pelo tenor Carlos José Villar nos anos 1960, o Miniteatro foi doado na década de 1980 pela família do cantor, já após sua morte, ao projeto Memória das Artes Cênicas, da Funarte. Elaborado em homenagem ao maestro e compositor Carlos Gomes, reproduz cenários de oito óperas: Tosca, de Giacomo Puccini; Aída, O trovador, Rigoletto e La traviata, de Giuseppe Verdi; Fausto, de Charles Gounod; Carmen, de Georges Bizet, e Mefistofele, de Arrigo Boïto.
Ao longo da pesquisa para a exposição foram descobertos também bonecos, cenários e fotografias históricas da ópera Madame Butterfly. Na plateia e nos camarotes, os bonecos-espectadores vestem figurinos de época detalhados. No fosso da orquestra, eles se transformam em maestro e músicos, com seus respectivos instrumentos. No apartamento de Villar, onde se encontrava o Miniteatro antes de sua morte e da doação, o artista, com a ajuda de um amigo, apresentava o espetáculo, com música tocada na vitrola e manipulação dos personagens e cenários.
A exposição, que tem caráter permanente, poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 13h às 19h. A Funarte fica na Rua Januária, 68, centro de Belo Horizonte.
![Foto: Mônica Dias Montagem da exposição do Miniteatro de Óperas:](https://ufmg.br/thumbor/joTT7kb6c-K6QYoPBkU3k_DOeRA=/0x0:1605x1072/712x474/https://ufmg.br/storage/7/4/5/a/745a8b0afe91535d57a933266c59f5b8_16807055366752_460796270.jpg)