Arte e Cultura

Jornada na Fale homenageia escritor Lúcio Cardoso

Evento, motivado pelos 50 anos de morte do autor, contará com palestras e exibição de filme

Eros Martim Gonçalves
Lúcio Cardoso: literatura intimista
Eros Martim Gonçalves

No dia 28 de setembro de 1968, falecia, no Rio de Janeiro, Lúcio Cardoso, um dos grandes autores brasileiros. Mineiro de Curvelo, o escritor é considerado expoente da literatura de cunho intimista e introspectivo, e meio século após a sua morte, a Faculdade de Letras (Fale) realiza uma jornada em homenagem a sua vida e obra. Lúcio Cardoso – 50 anos depois, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (Pós-lit) e o Acervo dos Escritores Mineiros (AEM), ocorre nesta sexta-feira, 14, no Auditório 1007 da Fale.

A conferência de abertura, Lúcio Cardoso leitor, será realizada às 9h30 pela professora Ruth Brandão (Fale-UFMG). Em seguida, a mesa intitulada Sobre casas assassinadas contará com a participação dos professores Wander Melo Miranda (Fale-UFMG), Gustavo Silveira Ribeiro (Fale-UFMG) e Valéria Lamego (PUC-Rio), que abordarão a obra-prima do autor.

À tarde, a mesa Outros olhares... abordará outros aspectos da literatura de Lúcio Cardoso, com palestras das professoras Andrea Vilela (EBA-UFMG) e Marília Rothier Cardoso (PUC-Rio). Às 15h20, o professor Ésio Macedo Ribeiro (USP), organizador da edição completa dos diários e poesias de Lúcio Cardoso, ministra a conferência de encerramento Balanço de Lúcio Cardoso 50 anos depois.

Para encerrar a jornada, às 16h30, será exibido o filme Introdução à música do sangue, do diretor brasileiro Luiz Carlos Lacerda, com base em roteiro inacabado do próprio Lúcio Cardoso. Em seguida, Lacerda debaterá a obra e a adaptação do roteiro com os participantes do evento.

A jornada é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia. Mais informações estão disponíveis no site do Pós-lit.

Sobre o autor
Lúcio Cardoso nasceu em 1912. Sua escrita focaliza os questionamentos existenciais, dramas e valores do indivíduo moderno, como nos romances Mãos vazias, Inácio, Dias perdidos e nas novelas O enfeitiçado e Baltazar. Em Crônica da casa assassinada, um dos mais importantes romances brasileiros da década de 1950, Cardoso narra a decadência de uma família tradicional mineira por meio de cartas, diários, memórias, confissões e depoimentos que revelam adultério, incesto, inveja, ambição e desamor. Além da literatura, o escritor enveredou pelo teatro, cinema e artes plásticas.