Arte e Cultura

Leitura de livros clássicos durante a educação básica é tema no programa 'Universo Literário'

Assunto foi tema de discussão nas redes sociais nas últimas semanas

O escritor brasileiro Álvares de Azevedo
O escritor brasileiro Álvares de Azevedo Imagem: Domínio público

No último mês, obras clássicas da literatura brasileira estiveram no centro de amplas discussões nas redes sociais. No dia 23 de janeiro, o youtuber Felipe Neto publicou em sua conta no Twitter que desaprovava a obrigatoriedade da leitura de livros de romantismo e realismo brasileiro, gêneros marcados por autores como Álvares de Azevedo e Machado de Assis, durante o ensino básico, afirmando ser um "desserviço das escolas para a literatura”. A publicação moveu várias pessoas, entre elas personalidades da literatura e pesquisadores, a se posicionarem sobre o assunto, ora contra e ora a favor de Felipe Neto.

O principal ponto debatido foi a complexidade dessas obras e como elas podem não somente dificultar a formação de leitores, mas também afastar os jovens da literatura. Álvares de Azevedo integrou a segunda geração romântica e é o autor dos livros Lira dos Vinte Anos e Noite na Taverna. Já Machado de Assis, autor de Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e O Alienista. é o principal nome do realismo no país, e é considerado um dos mais aclamados escritores brasileiros de todos os tempos.

A fim de entender e discutir a presença das obras clássicas na educação básica e a relação delas com a formação de leitores, o programa Universo Literário recebeu o professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da Universidade Federal da Paraíba, Rildo Cosson. Ele também é um dos  pesquisadores do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), vinculado à Faculdade de Educação da UFMG.

Ouça a conversa com Michelle Bruck


Produção: Marden Ferreira e Laura Portugal

Publicação: Alexandre Miranda, sob orientação de Hugo Rafael