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Março Amarelo: mês é marcado pela conscientização à endometriose

Campanha chama atenção para a doença inflamatória e a importância do diagnóstico precoce

“Procurem se conhecer e procurem assistência médica. Peça ajuda”, recomenda a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG, Márcia Cristina França Ferreira
“Procurem se conhecer e procurem assistência médica. Peça ajuda”, recomenda a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG, Márcia Cristina França Ferreira Reprodução: CEU Diagnósticos


O mês de março é um mês de lutas das mulheres, marcado pelo dia 8, e também é um mês dedicado à saúde. Março ganha a cor amarela para chamar atenção para a endometriose, uma doença inflamatória causada por tecidos que revestem o útero. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva, de 13 a 45 anos, podem desenvolver a doença, e 30% dessas mulheres têm chances que fiquem estéreis. É uma doença séria, que requer um diagnóstico precoce para facilitar o tratamento, e por isso deve ser mais informada e conhecida.

Para falar sobre o Março Amarelo, a campanha de conscientização à endometriose, o programa Conexões desta segunda-feira, 28, recebeu a professora Márcia Cristina França Ferreira do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG. A entrevistada deu mais informações sobre a endometriose, seus sintomas e principais características, e sobre os fatores por trás da dificuldade de diagnóstico da doença. A professora também destacou alguns dos sinais de alerta da endometriose, como as dores ao urinar e evacuar durante o período menstrual, ressaltando a importância de que esses sintomas não sejam ignorados. 

“Hoje não é mais possível falar em prevenção, a gente fala em diagnóstico precoce. Sabemos que têm fatores genéticos, fatores endocrinológicos, mas ainda não é possível rastrear e detectar em quem não sente nada”, declarou a docente. A professora também falou sobre a dificuldade que as pessoas com endometriose enfrentam para engravidar, o que não necessariamente as torna inférteis. Existem diferentes possibilidades de tratamento para a endometriose, de acordo com as diversas consequências causadas pela doença, mas ainda não há uma cura.

Ouça a entrevista completa no Soundcloud.

Mais informações sobre o Março Amarelo no site da Associação Brasileira de Endometriose.

Produção: Breno Rodrigues
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Luiza Glória