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‘Pequenos poemas em prosa’, de Charles Baudelaire, ganha nova edição em português

Com tradução de Isadora Petry e Eduardo Veras, nova edição brasileira chegou às livrarias neste ano

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Dono de uma poesia subversiva e marcada pela sensualidade e pela sinestesia, Charles Baudelaire foi um poeta boêmio e teórico da arte francesa, considerado o pai da poesia moderna. O escritor influenciou artistas de todo o mundo com seu talento irreverente e sua escrita de tom afrontoso.

As obras de Baudelaire foram muito censuradas pelo pensamento ocidental, por conta da linguagem de seus versos e prosas, e por seu desprezo pela sociedade, que ficava evidente em seus escritos. Sua forma de encarar a arte e apreender a realidade concreta o tornou precursor do modernismo na poesia no final do século 19, promovendo mudanças significativas na forma de se fazer poesia.

O livro Pequenos poemas em prosa marca o início dessa nova fase da poesia, que surge como moderna e expressiva. Os poemas reunidos no livro são marcados pela melancolia e se interligam por meio da imagem do poeta bon-vivant, que explora a realidade urbana e captura pequenos momentos do cotidiano. Com tradução de Isadora Petry e Eduardo Veras, uma nova edição brasileira dos poemas chegou às livrarias neste ano.

A pesquisadora e tradutora Isadora Petry falou ao programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, sobre a obra de Baudelaire e sobre o processo de tradução. A entrevista foi ao ar nesta quinta-feira, 24.

Ouça a conversa com Michelle Bruck

A tradutora Isadora Petry trabalhou ao lado de Eduardo Veras na tradução do livro Pequenos poemas em prosa. A obra, de autoria de Charles Baudelaire, foi publicada originalmente em 1869, dois anos depois de sua morte, e os poemas que a compõem são considerados como o marco inicial da poesia moderna. Marcados pela melancolia, os poemas representam uma ruptura com as formas clássicas do verso.

No Brasil, a obra ganhou nova edição, publicada neste ano pelo selo Via Leitura, da Edipro.

Produção de Maitê Louzada, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória