Pesquisa inédita busca compreender processos de escolarização de bebês
Estudo desenvolvido na Faculdade de Educação vai acompanhar 28 crianças durante seis anos
Pesquisadores da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG realizam uma pesquisa inédita sobre os processos de escolarização na educação infantil. Desde fevereiro, eles acompanham um grupo de 28 bebês matriculados em duas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umei) de Belo Horizonte. Os resultados serão incorporados a pesquisas futuras e deverão ajudar na formação de novos profissionais. O estudo foi apresentado nesta quarta-feira, 18, durante o 13º Encontro de Pesquisa em Educação da FaE, integrando a Semana do Conhecimento 2017.
O objetivo é compreender como se dão os processos de aprendizado e desenvolvimento das crianças, com ênfase no processo cultural e social. Para isso, foram selecionados bebês com quatro meses de vida, que serão acompanhados até os 6 anos de idade. "O que acontece com essas crianças? Elas aprendem a falar, andar, comer sozinhas e usar os instrumentos culturais que estão na sociedade. Nossa pretensão é repensar a teoria do desenvolvimento infantil", afirma uma das coordenadoras do estudo e professora da Faculdade de Educação, Maria de Fátima Cardoso Gomes.
Os resultados podem oferecer informações preciosas a um campo ainda pouco explorado no Brasil. "É também uma militância das pesquisadoras da área. Quando utilizam o termo 'bebê', não é só por uma questão de recorte etário, mas para demarcar as especificidades desse grupo", explica a doutoranda em Educação na UFMG e participante da pesquisa, Elenice de Brito.
Inédita no país, a pesquisa é desenvolvida pelo programa de Estudos em Cultura, Educação e Infância (EnlaCEI), Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Histórico-Cultural em Sala de Aula (Gepsa) e Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Educação Infantil e Infância (Nepei). O 13º Encontro de Pesquisa em Educação da FaE termina nesta sexta-feira, 20, no campus Pampulha.