Pesquisa e Inovação

Pesquisa vai avaliar benefícios da yoga e da meditação para a qualidade do sono

Estudo da Faculdade de Medicina busca voluntários com insônia e outros distúrbios para mensurar a efetividade dessas práticas

Estão abertas, até o fim deste mês, as inscrições de voluntários para estudo que visa avaliar a efetividade da meditação na qualidade do sono. A pesquisa procura voluntários que tenham algum distúrbio do sono, o que inclui insônia, mas também o sono não reparador, ou sensação de cansaço ao acordar, entre outros fatores. Os interessados em participar do trabalho devem se submeter a triagem por meio de preenchimento de formulário

Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Coep) da UFMG, a pesquisa é desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação de Promoção da Saúde e Prevenção da Violência, da Faculdade de Medicina, pelo mestrando Marcus Vinícius Prado (Jiwanpreet), sob a orientação do professor Rubens Tavares, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Trata-se de ensaio clínico randomizado sobre a efetividade da meditação ou leitura relaxante na melhoria da qualidade do sono. O grupo que conduz o estudo avalia que essas práticas podem ajudar as pessoas a diminuir a ansiedade e o estresse, com impacto positivo sobre a saúde mental e a qualidade de vida. 

Distúrbios do sono podem afetar o desempenho cotidiano, o apetite, a memória, gerar sensação constante de cansaço, irritabilidade, fadiga, ansiedade e até estar associados a doenças cardiovasculares, depressão, obesidade e dislipidemia. Nos quadros crônicos, podem provocar acidentes automobilísticos, domésticos e no trabalho.

Arquivo / Faculdade de Medicina da UFMG
Meditação pode ser aliada da qualidade de vidaFoto: arquivo da Faculdade de Medicina da UFMG

Riscos
“No Brasil, um grande estudo realizado na cidade de São Paulo, com 1.042 indivíduos, demonstrou uma prevalência de insônia de 15%, quando detectada por método clínico, e de 32% por meio de métodos objetivos da polissonografia e/ou actigrafia. Quadros de insônia, o distúrbio do sono mais prevalente, têm sido associados ao aumento do risco de hipertensão, doença coronariana, estados de estresse, ansiedade e depressão, sendo também prevalente no climatério. Distúrbios do sono são comuns em mulheres grávidas ou com dismenorreia grave [cólica menstrual]", afirma o professor Rubens Tavares.

Tavares cita uma publicação da Associação Brasileira do Sono, lançada em 2019, que descreve a eficiência da terapia cognitivo-comportamental para insônia a curto prazo. Há várias classes de medicamentos muito importantes em várias situações, mas alguns são de uso off-label, o que implica riscos de efeitos colaterais, abuso e dependência, sendo, portanto, recomendados por tempo limitado. 

Leia a matéria na íntegra no Portal da Faculdade de Medicina.

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina