Ensino

Pesquisa vai mapear trajetória de cotistas

Universidades querem saber como a experiência acadêmica marca vida de estudantes negros e indígenas

Adana Cambeba, formada em Medicina pela UFMG, em apresentação de violino no encerramento de sua participação no ciclo didático do ICB
Adana Cambeba, formada em Medicina pela UFMG, em apresentação de violino no encerramento de sua participação no ciclo didático do ICB Foca Lisboa / UFMG

Estudantes negros e indígenas que ingressam na universidade pelo sistema de cotas estão convidados a responder à pesquisa As políticas de Ações Afirmativas no ensino superior: continuidade acadêmica e o mundo do trabalho, ou simplesmente pesquisa Trajetórias de cotistas, coordenada pelo Programa de Ações Afirmativas na UFMG.

Em regime de fluxo contínuo, a pesquisa, que pode ser respondida por meio de formulário eletrônico, tem o objetivo de contribuir com as iniciativas de acompanhamento e avaliação do desenvolvimento das políticas de ações afirmativas em vigor nas instituições de educação superior, verificar como tem sido a inserção dos estudantes negros e indígenas egressos das ações afirmativas no mundo do trabalho e na pós-graduação e possibilitar a troca de experiências entre as universidades que se encontram em estágios distintos do processo de implementação das políticas de ação afirmativa.

De acordo com o pró-reitor adjunto de Ações Afirmativas, professor Rodrigo Ednílson, boa parte das avaliações de estudantes que ingressaram por meio de cotas estão relacionadas a desempenhos ou evasão. “Queremos saber como a passagem pela universidade marca a trajetória individual – incluindo mercado de trabalho e continuidade acadêmica –, familiar e comunitária desses estudantes e como a presença deles transforma a universidade”, diz o pró-reitor. Não há prazo pré-estabelecido para o preenchimento do questionário.

A pesquisa Trajetórias de cotistas é financiada pelo Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), coordenada pelo Programa Ações Afirmativas na UFMG e realizada por uma rede de instituições de ensino superior, constituída, além da própria UFMG, pelas universidades federais do Amapá (Unifap), do Rio Grande do Norte (UFRN), do Recôncavo da Bahia (UFRB), de São Carlos (UFSCar) e de Santa Catarina (UFSC) e pela Estadual de Goiás (UEG). 

Outras informações estão disponíveis no site do Ações Afirmativas e na página do programa no Facebook.