Arte e Cultura

Professores da EBA expõem no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto

Obras de cinco artistas contemporâneos estão espalhadas no prédio principal e em seu anexo

Obras expostas dialogam com os espaços do museu
Obras dialogam com os espaços do museu Grassar/Divulgação

O Grassar: ações continuadas em arte, grupo formado por professores da Escola de Belas Artes, levou ao Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, a exposição Estadia:, conjunto de trabalhos desenvolvidos pelos artistas Andrea Lanna, Daisy Turrer, Liliza Mendes, Roberto Bethônico e Rodrigo Borges. As obras ficam expostas no museu e no seu anexo até 30 de setembro, podendo ser visitadas de terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

Criado em 2015, o grupo vem trabalhando a noção de convivência como potencial criativo e, nos dois anos seguintes, compartilhou com o público do Museu da Inconfidência seus processos criativos e pesquisas em andamento. Agora, o Grassar retorna ao espaço com a exposição de arte experimental, que visa, como explica a sinopse, “colocar em convívio realidades matéricas e temporais de ordens diversas, tocar as camadas da memória, da história, da arquitetura, a partir da potência sutil dos pontos de contato".

O conceito de “estadia” enfatiza a condição processual e o caráter passageiro das obras expostas, retomando os encontros anteriores com a instituição. O título, com dois pontos e sem sequência textual, representa a vastidão de possibilidades e um convite para uma fruição aberta, observam os integrantes do grupo.

Em contato com o museu
As exposição, distribuída em diversas salas do museu e no edifício anexo, reúne pinturas, esculturas, fotografias e intervenções no acervo permanente. O trabalho de Andrea Lanna, concentrado na cor e na luminosidade, é formado por telas de cores diversas, criando um ritmo. Daisy Turrer tem uma instalação no Panteão do Museu, que transforma as lápides de Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão e Thomás Antônio Gonzaga (conhecidos pelos pseudônimos Marília e Dirceu, da obra de Gonzaga) em páginas de livros.

Liliza Mendes realiza intervenções em ambientes que recriam quartos, cozinhas e masmorras da Vila Rica, por meio de peças de cerâmica e de pedra-sabão que dialogam com o entorno. O trabalho de Roberto Bethônico refere-se à temática da mineração e é composto de adesivos, desenhos, objetos, pó de ferro e fotografias de extração mineral. Por fim, Rodrigo Borges construiu uma padronagem tecida com cores, formas, palavras e objetos, que remonta à sua pesquisa artística e ao espaço físico e simbólico do Museu da Inconfidência.

O Museu da Inconfidência está localizado na Praça Tiradentes, 139, no Centro Histórico de Ouro Preto. As entradas custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Mais informações estão disponíveis no site do museu e também podem ser solicitadas pelos telefones (31) 3551-1121 e 3551-5233.