Coberturas especiais

UFMG Educativa traça 'rotas da ditadura' em série sobre os 60 anos do golpe

Mesa-redonda e pílulas sonoras estimulam a memória sobre as sequelas do regime autoritário instaurado no Brasil em 1964

Miriam Hermeto, professora do Departamento de História da UFMG, uma das entrevistadas da série ‘Rotas da ditadura’.
Miriam Hermeto, professora do Departamento de História da UFMG, é uma das entrevistadas da sérieFoto: Breno Rodrigues | Rádio UFMG Educativa

A Rádio UFMG Educativa apresenta, a partir desta segunda-feira, 25 de março, a série de reportagens Rotas da ditadura: 60 anos do golpe. A estreia ocorrerá durante o programa Conexões, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h.

A produção, que também será veiculada em formato podcast no Spotify, é dividida em seis episódios, com depoimentos de especialistas que estudam o golpe de 1964 e a ditadura, além de memórias de mulheres e homens que sofreram na pele a violência do regime militar. Os episódios são independentes e podem ser ouvidos em qualquer ordem. 

O primeiro explica como o golpe de 1964 foi preparado e executado e quais foram os principais atores e momentos do processo. Três episódios descrevem aspectos da tensa relação entre o governo militar e as universidades, em especial a UFMG. A série aborda, ainda, o modo como funcionava a rede de locais de prisão e tortura geridos pelas Forças Armadas e polícias. O sexto e último episódio ressalta a presença do autoritarismo no Brasil nos últimos anos e as ações necessárias para o fortalecimento da democracia no país.

A série tem produção e apresentação de Tiago de Holanda, edição de áudio de Clarice Oliveira, também responsável pelos trabalhos técnicos, com a participação de Cláudio Zazá. O conteúdo também será disponibilizado na página da emissora no Soundcloud.

Mesa-redonda
Na quarta-feira, 27 de março, também durante o programa Conexões, haverá uma roda de conversa com a participação de duas convidadas: a historiadora Regina Helena Alves, professora aposentada da UFMG que atua no Programa de Pós-graduação em História da Universidade e é uma das coordenadoras do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial, e Sônia Meneses, professora associada da Universidade Regional do Cariri (Urca), no Ceará. Sônia é editora-chefe da Revista Brasileira de História e coordenadora do projeto Negacionismos, contemplado no Edital Mulheres na Ciência da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). O objetivo da conversa é promover reflexão sobre o passado e os efeitos da ditadura na democracia brasileira hoje.

Pílulas
A partir de domingo, 31 de março, em meio à programação da emissora, haverá a inserção de pílulas sonoras com trechos da série de 50 programas veiculados pela UFMG Educativa em 2014, por ocasião dos 50 anos do golpe de 1964.

Na segunda-feira, 1º de abril, durante o programa Universo literário, que vai ao ao ar das 8h às 10h, começa a veiculação de pílulas com a gravação de textos extraídos do Memorial poético dos anos de chumbo, na voz do pesquisador Rafael Fava Belúzio, doutor em estudos literários pela UFMG.

A Rádio UFMG Educativa (104,5 FM, na Região Metropolitana de Belo Horizonte) é uma mídia do Centro de Comunicação da UFMG em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A programação também pode ser ouvida na Internet.

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