Solução à base de nióbio desenvolvida na UFMG desativa o novo coronavírus
Professor Luiz Carlos Oliveira, do Departamento de Química da UFMG, que lidera pesquisa, conversou com o programa Conexões
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já divulgou que o novo coronavírus se dissemina principalmente por meio de gotículas lançadas quando pessoas infectadas tossem ou espirram, gotículas que caem no chão ou em outra superfície e, desse modo, podem contribuir para transmitir o vírus. Com o propósito de se combater essa disseminação, pesquisadores da UFMG criaram um composto químico capaz de tornar vários tipos de superfície protegidos contra o novo coronavírus por até 24 horas. O material é feito à base de um elemento químico chamado nióbio e deve estar disponível em breve para a população brasileira.
Aplicada na forma de gel ou líquido spray, a solução tem ação prolongada para limpeza e desinfecção das mãos e não causa reações adversas, como sensação de ressecamento da pele. O produto também se mostrou ativo na proteção de superfícies, em ambiente doméstico, e de equipamentos e utensílios, nos ambientes médico e odontológico. A eficiência da invenção – criada pelo grupo da Universidade em parceria com investidores privados – foi comprovada em laboratório de nível de biossegurança NB-3, ambiente no qual se trabalha com microrganismos causadores de doenças humanas graves.
No programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, o professor Luiz Carlos Oliveira, do Departamento de Química da UFMG, pesquisador que lidera o grupo de pesquisa responsável por desenvolver o produto, falou sobre a criação, durante entrevista nesta terça-feira, 15.