UFMG Educativa debate resultado do PIB e conjuntura econômica
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nos últimos dias os dados referentes ao PIB, Produto Interno Bruto de 2019
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, nesses últimos dias, os dados referentes ao PIB, Produto Interno Bruto de 2019, e o resultado foi, no mínimo desanimador. No ano passado, o PIB cresceu apenas 1,1%. Este foi o terceiro ano seguido de crescimento mas o menor número dos últimos 3 anos. O resultado foi afetado principalmente pela queda no consumo das famílias e dos investimentos privados, especialmente no quarto trimestre.
Em valores monetários, o PIB do ano passado totalizou 7,3 trilhões de reais. Segundo os especialistas do IBGE, apesar do resultado positivo, o PIB ainda não compensou as quedas de 2015 e 2016. O resultado segue a 3,1% abaixo do ponto mais alto da economia brasileira, registrado no primeiro trimestre de 2014. O crescimento do PIB continuou ancorado no consumo das famílias, mas, mesmo com a redução de taxas de juros e a liberação de recursos do FGTS, esse consumo diminuiu se comparado com os dois anos anteriores.
O resultado do PIB movimentou a área econômica do governo que, no mesmo dia, divulgou dois novos recortes do Produto Interno Bruto: o PIB Público e o PIB Privado. De acordo com os dados, o setor privado teria tido um crescimento substancial e sem estímulos do governo, o que mostraria uma retomada da economia brasileira. Mas será que essa divisão realmente é válida? Os dados apresentados pelo governo se sustentam? O que falta para a economia brasileira voltar ao patamar em que estava antes da crise?
A bolsa brasileira teve sua maior queda do século nesta segunda-feira. o Ibovespa, maior índice acionário do país despencou 12%. A maior queda diária, em termos percentuais, desde 1998.
Para saber mais sobre o resultado do PIB e a atual conjuntura da economia brasileira, o programa Conexões conversou com o professor adjunto do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG Mário Rodarte!
Mário Rodarte também é pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, o Cedeplar. O órgão, criado em 1967, abriga um programa de pesquisa e ensino para a pós-graduação, e inicialmente tinha seus estudos voltados para a economia regional. Atualmente, os estudos também englobam temas como saúde, meio ambiente, democracia e urbanização. Para conhecer mais sobre o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional acesse o site.