Internacional

UFMG vai retomar acordos de mobilidade com a Escola Superior de Jornalismo, de Moçambique

Dirigentes da instituição africana se reuniram hoje com o diretor de Relações Internacionais, professor Aziz Saliba

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Diretor da ESJ há 14 anos, o professor Tomás Jane participou de todas as ações anteriores de parceria entre as instituiçõesFoto: Foca Lisboa

Serão retomados os programas de intercâmbio de estudantes entre a UFMG e a Escola Superior de Jornalismo (ESJ), de Moçambique. Além disso, terão início estudos para a consolidação de um programa de mobilidade de docentes entre as instituições e também um projeto de doutorado interinstitucional (Dinter). 

As tratativas são o resultado de uma reunião ocorrida na tarde de hoje (quinta, 30), da qual participaram o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Saliba, e o diretor da ESJ, Tomás Jane. 

Os acordos representam a retomada da tradicional política de cooperação entre a UFMG e instituições africanas. Muitos dos programas de mobilidade foram recentemente extintos.

De 2013 até 2018, esteve em vigor o primeiro convênio de intercâmbio da UFMG com a ESJ. O Dinter, por sua vez, chegou a ser delineado por dirigentes da escola moçambicana e do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da UFMG, ainda em 2014 — mas a ideia não evoluiu.

De acordo com Aziz Saliba, existe a expectativa de que programas específicos em parceria com países latino-americanos e africanos retornem à pauta das relações internacionais universitárias nos próximos meses.

“Sempre tivemos boas relações tanto na América Latina quanto na África. Bons projetos já foram encampados por alguns de nossos professores, que contaram com o apoio de fundações do Brasil e do exterior. Esperamos que isso seja retomado nos próximos meses", anunciou.

Aziz Saliba:
Aziz Saliba: vantagens culturais e operacionaisFoto: Foca Lisboa | UFMG

Identidade
Como destacou Aziz Saliba, a correspondência de idioma torna mais viáveis as relações da UFMG com os países da África lusófona. “É mais fácil executar a maior parte dos programas em países que falam português, devido a questões culturais e operacionais. Afinal, precisamos de professores e servidores que consigam colaborar eficientemente e, para isso, a língua é fundamental”, sublinhou.

Além dos estudantes de Comunicação Social, acadêmicos da Ciência da Informação participaram de programas de mobilidade entre a UFMG e a ESJ. O professor Tomás Jane, que dirige a escola moçambicana desde 2009, ressaltou que “a UFMG deu suporte à ESJ mesmo quando ainda não havia acordo de parceria em vigor”.

O chefe do Departamento de Cooperação Docente, Leonel Simila, e o diretor da Delegação Acadêmica da ESJ, Alexandre Zavala, foram os demais representantes da instituição africana presentes no encontro.