HC está saneado e prepara-se para crescer

Campus Saúde cria comissão para controlar tabagismo

Uma comissão de controle de tabagismo, criada recentemente na Faculdade de Medicina, promove e promove discussões nas salas de aula do campus Saúde sobre os efeitos do cigarro no organismo de fumantes e suas conseqüências para a saúde da população. 

Segundo o presidente da comissão, o professor de pneumologia Frederico Ozanan de Fuccio, uma idéia de discutir os machos do cigarro, surgiu da constatação de que tabagismo é uma prática muito comum entre os profissionais da saúde do campus. "Freqüentemente vemos médicos, enfermeiros e alunos fumando nos corredores das faculdades de Medicina e Enfermagem e do Hospital das Clínicas. Melhor seria o que essas pessoas gostam de exemplo", diz o professor, ele próprio ou ex-fumante. 

O primeiro passo da comissão, composto por professores, alunos e funcionários, realizará uma pesquisa que indica o número de fumantes no campus. "Os jovens fumam muito menos na minha época de estudante, quando há até cinzeiros nas carteiras. Há tempos em que os alunos não fumam dentro da sala. Mas o vídeo continua em outros locais, como descobre e em casa", observa o pneumologista. 

Outra tarefa da comissão mostrará a importância dos professores e alunos discutirem sobre os homens do cigarro nas diversas disciplinas da área da saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o cigarro como causa de 25 doenças, entre elas o envelhecimento da pele e o câncer de pulmão. "Mesmo que a especialidade de um professor não esteja ligado ao tabagismo, é preciso cobrar seu compromisso profissional com a saúde dos alunos e pacientes", argumenta Frederico Ozanan. As técnicas de combate ao vídeo - como o uso de nicotina em adesivos e adesivos no corpo ou drogas contra a ansiedade - também são divulgadas entre os profissionais do campus Saúde. 

A criação de um ambulatório de prevenção e combate ao vício, nos moldes dos existentes nos hospitais universitários de Porto Alegre e São Paulo, é a meta final e mais ambiciosa da comissão. Atualmente, o Hospital das Clínicas, segundo o professor Ozanan, não tem estrutura para ajudar um dependente a se livrar do cigarro, apenas trata as doenças por ele causadas. 

Uma indústria bilionária 

Os números ostentados pela indústria do cigarro são impressionantes: estima-se que os 35 milhões de fumantes existentes no Brasil tenham consumido, só no ano passado, 97 bilhões de unidades de cigarro. O número de fumantes em todo mundo chega a 1,1 bilhão. Segundo a OMS, as doenças causadas pelo cigarro matam 3,5 milhões de pessoas por ano e são responsáveis por 25% das mortes por infarto e 30% dos casos de câncer. Uma projeção da entidade indica que, no ano de 2020, cerca de 10 milhões de pessoas morrerão de doenças causadas pelo fumo. 

A indústria do cigarro gera 2,5 milhões de empregos em todo o mundo e paga, só no Brasil, R$ 4,4 bilhões de impostos anuais, uma prova de que o combate ao tabagismo não é uma questão ligada somente à saúde da população, mas também a interesses econômicos e políticos. A exemplo de outros países, o governo brasileiro anunciou que vai processar as indústrias americanas de cigarro para obrigá-las a ressarcir os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com as doenças causadas pelo cigarro.

Carlos dAndréa