Circuito comercial lança curtas da Comunicação
Dois projetos recentes de conclusão de curso desenvolvidos por estudantes da Universidade na área de Cinematográfica ou Universo Acadêmico para Ingresso no Circuito Brasileiro de Exibição de Filmes. O curta metragem Mandrágora e o documentário Walter Franco Muito Tudo será lançado em Belo Horizonte no dia 10 de junho, às 23 horas, na Usina Unibanco de Cinema. Produções de ex-alunos do curso de Comunicação Social da Fafich, ambos nasceram da vontade das equipes de realizar trabalhos em filme, que gera produtos singulares e de maior qualidade.
Mandrágora , de Ana Cristina Gontijo, Cristiana Alzamora e Marina Hodgson, é uma adaptação do conto Tudo na Manga , de Marina Colasanti, e trata da relação entre um mágico e seus truques. Marina Hodgson, diretora de fotografia de curta duração, contém vários autores, como Machado de Assis e Ítalo Calvino, foram pesquisados antes da decisão final. Já que a escolha de Walter Franco foi natural para Bel Bechara e Sandro Serpa, autores do documento: "Sempre tivemos grande identificação com o trabalho de Walter Franco, compreendemos todos os seus discos, somos seus fãs", explica Bel Bechara.
Marina Hodgson revela que a elaboração do roteiro do curta foi a fase mais difícil do projeto, obrigando a equipe a preparar 13 versões diferentes da história. "Conto possui ou chama final de aberto, em que o leitor está livre para imaginar o que deseja. Com poucos diálogos, Mandrágora narra, clima fantasioso, uma rotina de mágica que todos os dias são tão difíceis como durante apresentações.
De acordo com Bel Bechara, o documentário sobre o compositor Walter Franco não tem a intenção de ser jornalístico, há um comprometimento subjetivo na autoria e nas opiniões de artistas relacionados ao músico. Foi realizada, também, uma aproximação com a poética de Walter Franco, que transformou uma obra em "vídeo-poema-documento", misturando vozes e imagens.
Peculiaridades
O título para o curta da equipe de Marina Hodgson surgiu de pesquisas das autoras, que queriam o nome relacionado a uma flor e à personagem feminina, de grande importância na trama. Daí veio Mandrágora, uma planta que já foi utilizada na Idade Média para fins mágicos e narcóticos e cuja flor negra representa a mulher. "Descobrimos até que o nome Mandrake vem da planta mandrágora", diz Marina. O curta-metragem estará sendo exibido pela primeira vez, e as autoras já pretendem inscrevê-lo em concursos.
Walter Franco foi figura importante nos festivais da canção da década de 70. Com a música Cabeça, conquistou a admiração da crítica e as vaias do público no Festival Internacional da Canção de 1972. Com Muito Tudo, no Festival de 75, foi alvo de mais vaias e pivô de intensa polêmica. Walter Franco Muito Tudo não quer se prender a fatos históricos do passado e "mostra o artista atuante, realizando shows por todo o Brasil", segundo Bel Bechara. O documentário traz depoimentos de personalidades do cenário musical, como Arnaldo Antunes, parceiro de Franco na canção Nasça; Leila Pinheiro, que gravou Serra do Luar; Jards Macalé; os maestros Júlio Medaglia e Rogério Duprat; e o poeta Augusto de Campos. O documentário já foi exibido em São Paulo, recebendo o Prêmio TV Cultura de Melhor Documentário Nacional 2000, no Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade.
Curta-metragem: Mandrágora
Direção: Ana Cristina Gontijo
Direção de atores: Cristiana Alzamora
Direção de fotografia: Marina Hodgson
Duração: 9 minutos e 30 segundos
Formato: película 16mm, finalizado em Betacam
Documentário: Walter Franco Muito Tudo
Direção, roteiro, fotografia, som e edição: Bel Bechara e Sandro Serpa
Duração: 25 minutos
Formato: película 16mm, finalizado em Betacam
Homepage: http://sites.uol.com.br/walterfranco