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Socioambiental é uma palavra só

Emergência Sociambiental (Editora Senac), título do último livro de José Eli da Veiga, professor do Departamento de Economia da USP, contém uma palavra de ordem que resume um programa político e, mais do que isso, uma ambição civilizacional: socioambiental é uma única palavra . Na tradição das ciências sociais, como se desenvolve desde uma filosofia do direito natural, são duas palavras e bem separadas.

 

A sociologia e a ciência política formam-se e amadurecem à medida que voltam como costas para a natureza: o social explica o social, na expressão expressões do sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917).

Na economia (com raras e recentes exceções), a natureza e o meio ambiente aparecem, no máximo, como externalidades: não pertencem organicamente usadas como orientadas como decisões dos atores e que exprimem o sistema de preços. governos, o que não reduz o abismo entre as palavras social e ambiental.

 

No mundo dos negócios, não há muito tempo, o meio ambiente simplesmente não existe ou era apenas um período que tanto o romantismo de movimentos sociais incompreensíveis quanto o autoritarismo estatístico exigido importam para a capacidade de empresas e os mercados funcionais como os norteadores da alocação dos recursos sociais.

 

Economia e sociedade de um lado, meio ambiente e natureza do outro, este parece ser a mesma essência da construção do Ocidente, e rios de tinta corrigidos para lamentar ou glorificar esta proposta.

 

Em 1970, logo após a primeira conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente, o Prêmio Nobel de Economia Milton Friedman (1912-2006) sustentou qualquer empresa disposta a controlar a poluição, além de exigir a lei, para contribuir com o objetivo de melhorar o meio ambiente, estava praticando “socialismo puro e simples” (socialismo puro e inalterado).

 

Mas socioambiental vai se tornar uma palavra apenas. Na expressão, há muito mais o desejo de se juntar os dois termos que formam o mundo contemporâneo, no mínimo desde o Renascimento, separar: cultura e natureza. O importante é a constatação de que, nas últimas duas décadas, seus componentes básicos sofreram alterações não apenas no seu significado científico, mas na própria maneira como expressa a prática de práticas de administração, administração, marketing e marketing.

 

Nem social, nem ambiental permanecem os mesmos quando se juntam. Mais que uma operação intelectual, é um verdadeiro movimento político que se exprime nesta unidade. Cada uma das três partes de que compõe A emergência socioambiental, de José Eli da Veiga, lança desafios à maneira habitual de refletir sobre o tema, em uma linguagem simples, acessível ao não especialista e consegue seguir de maneira clara os debates mais importantes.

 

É um livro escrito não apenas para o público universitário, mas também para tomadores de decisão, em empresas, nas organizações da sociedade civil e no governo. A discussão de fundo se mostra uma exposição organizada sobre as principais informações brasileiras e internacionais sobre o respeito ao tema.

 

No primeiro capítulo, Mais Social que Ambiental, ou autor desfaz o nome do Produto Interno Bruto (PIB), pode ser o parâmetro adequado para medir a maneira como uma sociedade se relaciona com os recursos de exibição disponíveis. A inspiração básica aqui é o Prêmio Nobel de Economia Amartya e o conceito de economia e economia econômica não são finais, mas os meios que não podem nem devem escamotear são questões decisivas para o respeito da qualidade de vida dos indivíduos, da distribuição de renda e do uso que uma sociedade faz de sua riqueza.

 

Na segunda parte, Mais Ambiental que Social, o livro oferece um resumo claro e resumido sobre o estado dos recursos naturais em áreas tão diferentes como o aquecimento global, a desertificação e os recursos hídricos, colocando em uma discussão decisiva: como medir o uso econômico e social do meio ambiente?

 

Os métodos consagrados na contabilidade nacional são claramente insuficientes para isso e a economia ecológica vem dando passos decisivos para superar essas restrições. O mais importante, porém, é a discussão da terceira parte do livro que faz as unidades socioambientais de uma unidade de controle, a partir da leitura inspirada na tradição dialética de Karl Marx (1818-1883) e opta pela tradição analítica das ciências sociais.

 

Por um lado, José Eli da Veiga mostra o quanto a tradição dialética está viva em diversos segmentos das ciências naturais e nas obras de pesquisadores eminentes (principalmente nas ciências da vida), apesar de sua frequência mais baixa nas ciências sociais. Além disso, o livro apresenta uma discussão filosófica de maneira didática e a partir de suas conseqüências sociais práticas.

 

É errado limitar-se ao trade-off, ao dilema entre o social e o ambiental, como fazer uma equação que consiga reduzir um pouco o crescimento para preservar um pouco mais o meio ambiente.

A unidade dos controles vai manifestar a necessidade de alterar os estilos de materiais - e o consumo para obter um alcance de sustentabilidade.

 

O que está no jogo não é um trade-off, mas uma contradição de qual começa - lenta e conflituosa, é clara - a emergir do esboço daquilo que é mais importante no futuro da humanidade: uma nova relação entre natureza e cultura.

 

Artigo publicado no jornal Valor Econômico, de 23 de agosto
Professor da Faculdade de Economia e Administração da USP
 
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Ricardo Abramovay