Maratona para resolver problemas
Etapa final de competição de programação reúne 60 estudantes da área de Exatas em Belo Horizonte
Neste fim de semana, 11 e 12 de novembro, Belo Horizonte sediará a final brasileira da Maratona de Programação. A competição, que está em sua 21ª edição, é organizada por grupo de professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC), Cefet-MG e PUC Minas. Neste ano, 60 equipes de estudantes de graduação e pós-graduação escolhidas em seletivas regionais realizadas no mês passado disputam vagas para a final mundial do torneio.
Segundo um dos organizadores da Maratona, o professor Douglas Guimarães Macharet, a programação é uma das atividades estruturais da área da ciência da computação. “Programar é ensinar o computador a resolver problemas. Ele apenas cumpre ordens. Com a programação, indicamos à máquina o conjunto de passos que ela precisa seguir para encontrar as soluções”, explica.
Durante a competição, as equipes de três estudantes dispõem de cinco horas para desenvolver programas de computador com o objetivo de solucionar de nove a 12 problemas. As equipes vencedoras são as que resolveram mais problemas no menor tempo. Os problemas abordam diversos temas, desde matemática até geolocalização. “Os estudantes lidam com problemas reais. Eles podem ter que programar um problema matemático ou fazer uma programação que determine a melhor maneira de localizar um ponto em um mapa, por exemplo”, diz Vinícius Fernandes dos Santos, professor do DCC que também participa da organização do torneio.
Disputa em várias fases
A maratona de programação ocorre em três etapas: na primeira, uma comissão nacional elabora os problemas das seletivas regionais, quando todos os estudantes, espalhados pelos estados brasileiros, resolvem os mesmos problemas. Na segunda etapa, uma comissão latino-americana elabora as questões da seletiva nacional, que ocorre simultaneamente com seletivas de outros países da América Latina. Por último, os campeões se reúnem na grande final mundial, que, no ano que vem, será realizada em abril, nos Estados Unidos.
A seletiva nacional, conta com 11 equipes mineiras, sendo uma da UFMG. As equipes classificadas para a final mundial terão parte das despesas de viagem custeadas pelos organizadores do evento. Para o professor Macharet, a competição é importante para a formação dos alunos da área.
“A maratona de programação enriquece a formação profissional dos estudantes. Durante o torneio, eles têm a oportunidade de praticar todos os conceitos aprendidos na Universidade. É quase um treinamento para um processo seletivo de emprego, uma vez que as grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook, realizam provas de programação para admitir novos profissionais”, conclui.
Outras informações sobre a competição estão disponíveis no site da maratona (http://bit.ly/2ffZN97). O local em que será realizada a disputa em Belo Horizonte ainda não foi definido.