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Liderança no ensino

UFMG oferece a melhor graduação do país, de acordo com o ranking da Folha de S. Paulo

Estudantes chegam ao prédio da Face, sede do curso de Administração, uma das sete graduações da UFMG no topo de suas áreas no ranking
Estudantes chegam ao prédio da Face, sede do curso de Administração, uma das sete graduações da UFMG no topo de suas áreas no ranking Foca Lisboa/UFMG

Pela quarta vez consecutiva, o ensino da UFMG é classificado como o melhor do país entre as 195 universidades, públicas e privadas, avaliadas no Ranking Universitário Folha (RUF). A edição 2017 foi divulgada nesta segunda-feira, 18, pelo jornal Folha de S.Paulo. Na classificação geral, a Instituição também se manteve na quarta colocação, como no ano passado, ficando atrás da UFRJ, da Unicamp e da USP.

“A UFMG se notabiliza por encarar o ensino de graduação como prioridade em sua estruturação institucional. Assim, o fato de ela ser, de maneira recorrente, a primeira colocada nesse item reflete uma política de longo prazo, que vem sendo cumprida há décadas”, avalia o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi.

Segundo ele, também não é por acaso que, entre os 40 cursos de graduação avaliados, a UFMG tenha sete na primeira posição e quase todos os outros nas cinco primeiras colocações. “Isso não tem nada de casual”, reitera o pró-reitor, lembrando que a qualidade dos cursos da UFMG é bastante uniforme, incluindo os mais recentes, criados no âmbito do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), e os do campus regional de Montes Claros, afastados da sede.

Entre os cursos de graduação analisados, a UFMG tem sete no topo do ranking: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Publicidade e Propaganda.

Takahashi esclarece que a classificação geral do RUF 2017 corresponde à da maioria dos rankings nacionais e internacionais. A UFMG aparece bem posicionada em todos os itens, em especial, Mercado (2º lugar), Inovação (3º lugar) e Pesquisa (6º).

Internacionalização

Em relação ao indicador Internacionalização, em que a UFMG aparece em oitavo lugar, universidades menores e mais novas despontam nas melhores posições. “Estamos diante de novos e importantes atores, que vão disputar espaços de destaque nas próximas décadas”, avalia o pró-reitor de Graduação. 

Segundo ele, trata-se de instituições criadas mais recentemente, cujo corpo docente é constituído por egressos de grupos de pesquisa produtivos de outras universidades e já inseridos no sistema de produção científica internacional. “Isso também espelha características de universidades de pequeno porte, nas quais é mais fácil apresentar números proporcionalmente grandes.”

Em outros indicadores, no entanto, a evolução é mais lenta. “No ensino, por exemplo, esse processo é mais demorado porque está relacionado a resultados internos e a indicadores de mercado. E reconhecimento de mercado é algo que se constrói ao longo de décadas”, argumenta Ricardo Takahashi. 

O ranking

O Ranking Universitário Folha (RUF) avalia anualmente as 195 universidades do país com base em dados nacionais e internacionais e em duas pesquisas de opinião do Datafolha em cinco aspectos: pesquisa, ensino, mercado, internacionalização e inovação.

Segundo o jornal, o RUF fez, neste ano, ampla revisão de seus indicadores. Uma das alterações foi a inclusão, no indicador Pesquisa, da quantidade de teses orientadas por docente. Quanto ao elenco de cursos avaliados, a carreira de Filosofia entrou no lugar da de Ciências Sociais.

A nova edição do levantamento favorece o estabelecimento de comparações entre instituições com características semelhantes, por meio de buscas de universidades, nas quais é possível selecionar tamanho e ano de criação da instituição pesquisada. 

O desempenho da UFMG no RUF pode ser conferido em http://ruf.folha.uol.com.br/2017/perfil/universidade-federal-de-minas-gerais-ufmg-575.shtml/.

[Matéria publicada no Portal UFMG, em 18/09/2017]

Ana Rita Araújo