Arquitetura da loucura

Seres singulares

Pesquisadores debatem relevância das características genéticas dos gêmeos para o estudo de doenças

Gêmeos – idênticos ou não, de todas as idades – podem participar, neste sábado, 16, de festival no campus Pampulha. No evento, serão divulgadas as atividades do Registro Brasileiro de Gêmeos (RBG), com destaque para a relevância das singularidades genéticas dos gêmeos para estudos de doenças, seus tratamentos e prevenções.

O evento será realizado no auditório ­central da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), com participação aberta, sem necessidade de inscrições. A programação, que começa às 9h, inclui palestras sobre o Banco e a importância da contribuição desse grupo populacional na pesquisa em saúde. Também serão contadas histórias que envolvem gêmeos.

Banco

Com sede na EEFFTO, o RBG é um projeto de pesquisa fundado em estudos sobre o bem-estar e a saúde de gêmeos, cujos efeitos alcançam toda a população. Sua linha de investigação é fundamentada na análise do desenvolvimento desse grupo, com base em suas características genéticas específicas e no meio em que estão inseridos. 

“Com base nas pesquisas, podemos entender se uma doença é determinada geneticamente ou por influência do meio, por falta de exercícios, hábitos alimentares, entre outros”, explica um dos coordenadores do projeto, Vinícius Oliveira.  

Primeiro banco nacional de dados de gêmeos da América do Sul, o RBG foi criado por pesquisadores da UFMG que integram rede internacional. O projeto é inspirado em estudo de brasileiros e australianos sobre fatores genéticos e ambientais que influenciam a dor lombar. O trabalho foi realizado com voluntários do Registro Australiano de Gêmeos (Australian Twin Registry), que tem mais de 30 mil pares de irmãos cadastrados.