Dia do Professor com roda de conversa sobre os desafios de ser professora negra no Brasil

O evento faz parte do pré-lançamento do Portal do Bicentenário da Independência, que está sendo criado por uma rede de professores, de diferentes

Nesta quinta-feira, 15 de outubro, data em que se comemora o Dia do Professor, o Portal do Bicentenário da Independência, que está sendo criado por professores de diferentes instituições, dentre elas a UFMG, em uma das atividades de pré-lançamento, que vem sendo publicadas em suas redes sociais (FacebookInstagram e Twitter), promove a roda de conversa O que é ser professora negra no Brasil: memória, história e desafios atuais. A transmissão do evento será a partir das 16h30, pelo canal do Portal do Bicentenário no You Tube.

A convidada, a professora emérita da UFMG, Nilma Lino Gomes, conversa com os colegas Fabiana Garcia Munhoz, da educação básica do município de Rio Claro (SP), e da rede estadual de educação João Victor Oliveira. Também participam Marcelo Silva, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc-BA) e Claudio Nunes, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (Amped).

“Mais do que celebrar uma efeméride, o Portal do Bicentenário da Independência pretende se constituir em espaço para pluralizar os diversos sentidos da independência, promover a participação dos professores da educação básica, pesquisadores e cidadãos nas disputas de narrativas da educação, nesse contexto das discussões sobre o tema”, afirma o professor da Faculdade de Educação da UFMG Luciano Mendes de Faria Filho.

No entanto, o desafio “é tornar possível a autoria dessas colaborações, de forma a oferecer informação confiável e com qualidade, que ajude, não somente problematizar os grandes limites desses 200 anos de independência, mas propor utopias, projetos e possibilidades para inventar novos futuros”, acrescenta.

O Portal do Bicentenário

No dia 7 de setembro de 2022, o Brasil completa o bicentenário de sua independência. Nesses dois séculos que se passaram após o marco simbólico do grito “independência ou morte”, às margens do rio Ipiranga, na primavera de 1822, algumas personagens tiveram destaque, mas outras tantas, não menos importantes, ficaram de fora das narrativas históricas, especialmente das registradas nos materiais e livros didáticos utilizados pelas escolas brasileiras.

São mulheres, pessoas com deficiência, negras, pobres, indígenas, quilombolas, LGBTQ+ e tantas outras, cujos enfrentamentos e resistências tiveram papel fundamental e pioneiro em vários campos desse processo de independência, mas que ainda não aparecem na historiografia brasileira de maneira equânime e justa.

Formação cidadã

Segundo o professor Luciano Mendes, para a formação de uma cidadania crítica e ativa, os cerca de 2 milhões de professores e 40 milhões de estudantes brasileiros da educação básica precisam ter acesso não somente à história organizada nos livros e materiais didáticos, mas também aos conhecimentos das diversas áreas e saberes relacionados à realidade brasileira. “Não só conhecimentos acadêmicos e científicos, mas também saberes tradicionais e populares produzidos por todo cidadão que queira colaborar para que a educação básica e universitária e a própria formação de professores fomentem uma cidadania ativa", propõe Luciano Mendes.

O portal terá seções de planos de ensino, materiais didáticos e paradidáticos, programas de áudios e vídeos, podcasts, bibliotecas, espaços para o leitor, diferentes colunas para textos acadêmicos, resenhas, jornais, além da coluna O bicentenário em foco, já divulgada pelo jornal Pensar a Educação, Pensar o Brasil.

 (Com informações de Teresa Sanches – Portal UFMG)

Assessoria de Imprensa UFMG

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