Entre o cárcere e a família: a vida de detentas em uma instituição prisional de Belo Horizonte é tema de pesquisa feita na UFMG

Identificar, de um lado, se relações sociais desenvolvidas dentro da prisão contribuem para reorganizar as famílias das detentas e, por outro lado, se as famílias interferem nessas relações formadas na cadeia. Esse foi o objetivo da pesquisa que conferiu à jornalista Natália Cristina Costa Martino o título de mestra em sociologia pela UFMG.

Ao longo da pesquisa, foram quase 200 conversas com mulheres presas e pessoas que trabalham na maior e mais antiga prisão feminina de Minas Gerais, o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, situado na região Leste de Belo Horizonte.

Raio-x da pesquisa
Com o título Mulheres encarceradas - cruzamentos entre redes familiares e prisionais, a dissertação usou técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa, em um trabalho de campo no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto.
 
O objetivo foi descobrir como são as dinâmicas de sociabilidade entre presas e funcionários da instituição prisional, se e como as redes familiares das presas interferem nessa sociabilidade interna da prisão, por fim, se e como essa sociabilidade influencia na reorganização das redes familiares das detentas após a prisão.

A análise dos dados coletados identificou redes baseadas em arranjos externos ao cárcere, outras que se sustentam em arranjos internos e um terceiro grupo de relações que se ancora no entrelaçamento de redes internas e externas.

Natália Martino foi orientada pela professora Ludmilla Mendonça Lopes Ribeiro, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFMG. A pesquisa, defendida este ano, foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Aqui Tem Ciência
O oitavo episódio do programa Aqui Tem Ciência, da Rádio Educativa UFMG, apresenta uma entrevista com a pesquisadora Natália Martino, com apresentação e produção de Luana Lima, edição de Tiago de Holanda e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues, sob a coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. Confira a entrevista.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas-feiras, às 11h, com reprises às quartas-feiras, a parir das 14h30, e às sextas-feiras, às 20h.

Assessoria de Imprensa UFMG com informações da Rádio UFMG Educativa e do Portal UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

Serviço

Pesquisa aborda a vida de detentas em uma instituição prisional de Belo Horizonte