Entre o cárcere e a família
Pesquisa de mestrado mostra como as redes estabelecidas por mulheres na prisão influenciam suas relações com os parentes
![Arquivo pessoal Natália Martino realizou trabalho de campo em um presídio feminino de BH](https://ufmg.br/thumbor/oP2RrN4LEhEepR6CPiFxsk2Ga1I=/0x51:1975x1371/712x474/https://ufmg.br/storage/9/8/2/c/982c3404fc2a1bfd8ee2f235cc4f857e_15628686321856_1332987885.jpg)
Identificar, de um lado, se redes sociais desenvolvidas dentro da prisão contribuem para reorganizar as famílias das detentas e, de lado, se as famílias interferem nas relações formadas na cadeia. Esse foi o objetivo da pesquisa que conferiu a Natália Martino o título de mestre em Sociologia pela UFMG. Foram quase 200 conversas com mulheres presas e pessoas que trabalhavam na maior e mais antiga prisão feminina de Minas Gerais, o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, situado na região Leste de BH. Saiba mais no oitavo episódio do Aqui tem ciência.
RAIO-X DA PESQUISA
Título original: Mulheres encarceradas – cruzamentos entre redes familiares e prisionais
O que é: a dissertação usou técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa, em um trabalho de campo no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. O objetivo foi descobrir como são as dinâmicas de sociabilidade entre presas e funcionários da instituição prisional, se e como as redes familiares das presas interferem nessa sociabilidade interna da prisão, e se e como essa sociabilidade influencia na reorganização das redes familiares das detentas após a prisão. A análise dos dados coletados identificou redes baseadas em arranjos externos ao cárcere, outras que se sustentam em arranjos internos e um terceiro grupo de relações que se ancora no entrelaçamento de redes internas e externas.
Nome da pesquisadora: Natália Cristina Costa Martino
Orientadora: Professora Ludmilla Mendonça Lopes Ribeiro
Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFMG
Ano da defesa: 2019
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)
O oitavo episódio do Aqui tem ciência contou com apresentação e produção de Luana Lima, edição de Tiago de Holanda e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues, sob a coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.