Estudo UFMG: crise econômica do coronavírus será mais aguda para os mais pobres

Projeção é feita em nota técnica elaborada por professores do Cedeplar

Nota técnica elaborada por três professores do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG prevê que os impactos diretos e indiretos da pandemia do novo coronavírus deverão resultar em aumento na taxa de desemprego no Brasil. E essa consequência tende a prejudicar mais as famílias que vivem com renda de até um salário mínimo. O estudo Efeitos econômicos negativos da crise do coronavírus tendem a afetar mais a renda dos mais pobres foi elaborado por Edson Paulo Domingues, Aline Magalhães e Débora Freire, que sustentam que o poder público precisa, no enfrentamento dessa crise, definir ações voltadas especificamente para essa parcela da população.

Como explica a professora Débora Freire, os efeitos da pandemia no mercado financeiro assumem dois tipos: internos e externos. O primeiro é decorrente do aumento da reclusão de pessoas, impactando diretamente o setor da prestação de serviços e gerando reflexos em outros setores da economia. Já o impacto externo surge pela volatilidade do mercado financeiro e pela redução do comércio mundial, amplamente afetado pela crise. Ambos os efeitos levam ao aumento do desemprego e queda na renda da família.

A questão apontada na nota técnica aparece justamente na queda da renda. Apesar de afetar a população como um todo, ela não se distribui de forma homogênea, e sim de acordo com as classes de renda. As classes mais afetadas são as mais baixas, equivalendo a 0 a 2 salários mínimos. A pesquisa demonstrou que essa população chega a ser até 20% mais afetada do que a média. Saiba detalhes em entrevista realizada pela Rádio UFMG Educativa (Produção: Célio Ribeiro, sob orientação de Luíza Glória e Hugo Rafael)

Informações da Rádio UFMG Educativa

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

Serviço

Crise econômica do coronavírus será mais aguda para os mais pobres