Novo prefeito de BH pode enfrentar extremos climáticos, avalia professor da UFMG

Especialista em Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos fala sobre políticas públicas para minimizar os impactos da chuva e da seca na capital

Com mudanças climáticas, tempestades devem se tornar mais comuns na capital mineira. As chuvas do início do ano, as piores da história da capital mineira, provocaram um rastro de destruição em BH e deixaram 13 mortos. O novo prefeito de BH terá que pensar em ações concretas para que episódios como esse não voltem a se repetir na cidade. Ao mesmo tempo, com as mudanças climáticas em curso, existe o risco de seca, o que pode comprometer o abastecimento de água da capital mineira. Segundo Nilo Nascimento, professor de Hidrologia na UFMG, a cidade passa por extremos preocupantes.

“Isso é uma tendência esperada em termos de mudança climáticas, que a gente tenha eventos mais intensos de curta duração de precipitações. É também esperado, para a nossa região, que a gente tenha períodos mais longos secos. Então isso nos coloca nessa situação de dois extremos significativos: um risco por um lado de aumento de inundações e por outro lado de escassez hídrica, por períodos muitos longos sem precipitações ou por precipitações que, embora possam ter um volume grande, em termos de disponibilidade hídrica, são poucos significativos”, comentou o especialista no Vote com ciência, programa da Rádio UFMG Educativa.

No episódio, Nilo Nascimento fala sobre os riscos de deslizamentos de encostas que afetam principalmente a população de baixa renda e sobre as ações que precisam ser implementadas nos próximos anos em Belo Horizonte. Para o docente, o próximo prefeito deve combater, compensar e reduzir os impactos da impermeabilização de solos.

Ouça aqui todos os programas já veiculados pelo Vote com ciência. A Rádio UFMG Educativa pode ser sintonizada na frequência 104,5 FM ou pela internet.

(Texto com informações da Rádio UFMG Educativa)

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG