Aluna da Engenharia analisou participação de associações e cooperativas que lidam com recicláveis na elaboração do plano municipal de resíduos só

A ação do governo com participação da sociedade é essencial na elaboração de uma política pública. Quando essa política é pensada e executada de forma não democrática, aumenta o risco de não haver aderência da população. Essa é uma das conclusões da pesquisadora da UFMG Eva de Melo Ferreira, que analisou como se deu a participação das associações e cooperativas de catadores de material reciclável na elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Belo Horizonte.

O estudo resultou na tese de doutorado defendida por Eva Ferreira no Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Escola de Engenharia da UFMG. A pesquisa abarcou o período de 2007 a 2017, no qual passou a vigorar a legislação que estabeleceu diretrizes nacionais para o saneamento básico e criou a política nacional de resíduos sólidos.

A pesquisadora observou que, ao longo dos anos, a inclusão dos catadores de recicláveis nas discussões sobre a destinação do lixo em Belo Horizonte foi inconstante. Saiba mais sobre essa e outras observações em entrevista do episódio 18 do Aqui tem ciência, programa semanal da Rádio UFMG Educativa.

RAIO-X DA PESQUISA

Título original: Inserção de catadores na elaboração de Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos: uma análise a partir do modelo de coalizões de defesa

O que é:  A pesquisadora Eva de Melo Ferreira analisou como se deu a participação das associações e das cooperativas de catadores de recicláveis na elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Belo Horizonte. O recorte temporal abrangeu o período de 2007 a 2017. 

Nome da pesquisadora: Eva de Melo Ferreira

Data da defesa: julho de 2019

Programa de Pós-graduação: Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Orientador: Raphael Tobias de Vasconcelos Barros 

Financiamento: Capes/CNPq/Erasmus Mundus (bolsa de pesquisa)

O episódio 18 do programa Aqui tem ciência teve apresentação de Luana Lima, produção de Alessandra Ribeiro, edição e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.