Samba no Festival de Inverno UFMG: palestra e oficinas lançam luz sobre o gênero, patrimônio cultural de BH

Samba e brasilidades estão na pauta do terceiro dia do 55º Festival de Inverno da UFMG, que terá atividades no Conservatório UFMG. Na sexta-feira, 21 de julho de 2023, às 15h, o escritor, músico, compositor e cineasta Cristino Wapichana falará na roda de conversa Makunaima e Macunaímas: vozes ancestrais contemporâneas sobre como a humanidade reverbera ecos das ancestralidades, como o jeitinho brasileiro, que tem raízes no clássico Macunaíma, de Mário de Andrade.

Mais tarde, às 16h, a historiadora Michele Arroyo e o antrópologo Breno Trindade vão compartilhar as experiências de cartografia social, as metodologias etnográficas para escuta dos coletivos culturais e o conhecimento das práticas sociais nos espaços urbanos para reconhecimento e salvaguarda como patrimônio cultural. A palestra Etnografia do samba em BH: memória, identidade e patrimônio cultural trará como referência o processo de inventário do samba em BH em elaboração pelo Coletivo de Sambistas Mestre Conga e pelo Projeto República da UFMG.

Desfile, performance e história

As oficinas do dia 21 têm participação gratuita, que não exige inscrição e garante certificado. Duas delas começam às 10h. Com 20 vagas a serem preenchidas por ordem de chegada, o mestre-sala Léo de Jesus e a porta-bandeira Kele Ricartti ministram oficina sobre a característica dança do casal no desfile das escolas de samba. Com 30 vagas, outra atividade, ministrada pelos historiadores Mário Cesar e Marcos Maia, apresentará narrativas sobre a história do samba no Brasil e reflexões sobre a relação entre fontes históricas e patrimônio cultural imaterial, tendo o samba de Belo Horizonte como referência.

Na parte da tarde, Rosana Pires e Eliete Ná apresentam o workshop A presença das mulheres na história do samba: interpretação e performance. A atividade começa às 13h30 e tem classificação etária de 18 anos. Às 14h, Carlitos Brasil e Nonato do Samba ministram Das rodas às escolas de samba: enredo e percussão. Na oficina, participantes serão convidados a simular uma roda de samba, tocando e participando como público. São 30 vagas a serem preenchidas por ordem de chegada.

Exposições

Durante todo o Festival, cinco exposições estão abertas para visitação, sendo três no Centro Cultural, uma no saguão da Reitoria e outra no Espaço do Conhecimento. Todas têm entrada gratuita. Shirley Paes Leme é a autora dos trabalhos expostos em Respiração, que trata da relação dos filtros de ar-condicionado com a respiração. Em Carta aos escritores do meu ramo, Lucia Castello Branco reúne cartas que trocou com a escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol, além de seus manuscritos e publicações.

Edgar Kanaykõ Xakriabá assina a exposição Marco ancestral, com fotografias que trazem o olhar indígena para a universidade e para os espaços de arte da cidade. Culturas de resistência – Substratos transformadores, com curadoria de Fabrício Fernandino e Mateus Souza, reúne desenhos, pinturas, gravuras, manuscritos, registros audiovisuais, fotolitos, instalações, objetos artesanais, sites interativos, podcasts, fotografias e publicações dos acervos da universidade que evocam a noção de resistência cultural. Mundos indígenas, no Espaço do Conhecimento, apresenta a história dos povos indígenas pelo olhar de curadores indígenas dos povos Yanomami, Ye’kwana, Xakriabá, Tikmῦ’ῦn (Maxakali) e Pataxoop.

A programação, gratuita, segue até o dia 27 com mesas-redondas, shows, oficinas e mostras de diferentes manifestações culturais do país.

Serviço:
Evento gratuito

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa do 55º Festival de Inverno da UFMG

31996277813

Serviço

Atividades do 3º dia do Festival de Inverno da UFMG

21 de julho

Conservatório UFMG (Avenida Afonso Pena, 1.534, centro de Belo Horizonte)