Ailton Krenak fala do papel da literatura indígena em entrevista à UFMG Educativa
No Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, escritor, ambientalista e líder indígena conversou com o programa Universo Literário
Desde 2008, 7 de fevereiro é dedicado, no Brasil, à celebração do Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. A data foi escolhida em homenagem ao guerreiro indígena Guarani Sepé Tiaraju, responsável por comandar a revolta dos Sete Povos das Missões e enfrentar o exército de Portugal e Espanha contra o Tratado de Madri e em defesa do território do povo Guarani. O objetivo da data é promover a reflexão sobre as lutas diárias enfrentadas por esses povos em temas como a demarcação de terras.
Um dos símbolos dessa resistência é o líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro Ailton Krenak. O povo Krenak, do qual ele faz parte, foi extremamente afetado pelo rompimento da Barragem do Fundão, que ocorreu há pouco mais de quatro anos, em Mariana. Os rejeitos liberados pela barragem afetaram o Rio Doce, um dos elementos fundamentais para a manutenção da vida e cultura do povo Krenak.
Ailton Krenak é autor de livros como O lugar onde a terra descansa, Ideias para adiar o fim do mundo e A luta pela terra não parou até hoje. Além de suas memórias na luta pela manutenção da terra, as obras abordam justamente os impactos ambientais que ele assistiu ao longo da vida.
No programa Universo Literário desta sexta-feira, 7, Ailton Krenak abordou, em entrevista, a relação entre a literatura, os povos e as questões indígenas no Brasil.