Pesquisa e Inovação

Arquivista francesa ministra conferência e conduz workshops na Fafich e na ECI

Véronique Ginouvès, da Universidade Aix-Marseille, é professora visitante da UFMG neste mês; atividades terão acesso livre

Véronique Ginouvès é professora visitante na UFMG
Véronique Ginouvès é professora visitante na UFMG Foto: Christine Durand | CCJ-CNRS/AMU

A arquivista Verónique Ginouvès, chefe dos arquivos de pesquisa da mediateca da Casa Mediterrânea de Ciências Humanas (MMSH) da Universidade Aix-Marseille en Aix-en-Provence (França), fará conferência na próxima terça, 21 de novembro, às 19 horas, no Auditório Carangola (térreo da Fafich, no campus Pampulha) sobre o tema Explorar a polivocalidade dos arquivos de som ou como a abertura de dados faz ouvir vozes inaudíveis. Um olhar retrospectivo sobre três reutilizações artísticas. A conferência terá tradução simultânea do francês.

Véronique é professora visitante da UFMG no mês de novembro. Sua vinda está vinculada a iniciativa do grupo de pesquisa Escutas e tem apoio da Embaixada da França e da Diretoria de Relações Internacionais da UFMG.

Em parceria com a Escola de Ciência da Informação (ECI), a professora também vai oferecer workshops em três tardes na próxima semana (22, 23 e 24, sempre das 17h às 19h), no Auditório Adriana Bogliolo (sala 1000, térreo da ECI). Ela vai abordar, pela ordem, os temas Definições, contexto e significado dos arquivos sonoros, Considerações éticas e legais das investigações de arquivo do patrimônio e Documentar metadados sonoros, identificando e avaliando métodos de divulgação de arquivos sonoros. Os workshops terá tradução consecutiva.

Tema da conferência
Ao apresentar o tema de sua conferência, Véronique Gionouvès explica que, na França, as políticas para o desenvolvimento da ciência aberta tornaram cada vez mais acessíveis fundos sonoros ligados a passados que representaram desafios para comunidades, minorias ou a sociedade civil. Os arquivos sonoros  de sua pesquisa levam em conta esse patrimônio cultural problemático, disponibilizando fundos de arquivo, restituindo-os ou propondo uma escrita de seu contexto histórico de forma mais crítica, inclusiva e aberta a reinterpretações artísticas.

Essa dinâmica de diálogo polivocal e a mudança do ponto de vista oficial para as perspectivas dos indivíduos como atores e observadores da história geraram , segundo a professora, uma cultura de participação. Os fundos de arquivo revisitados, quando envolvem os atores com quem os pesquisadores conduziram a investigação, incorporam essa polivocalidade nos próprios arquivos, levando em consideração as questões éticas em todas as temporalidades. A apresentação será baseada em três exemplos concretos, três fundos sonoros coletados e mantidos na MMSH.