Arte e Cultura

Labirinto do Conhecimento fica na FaE até quinta-feira

Instalação estimula reflexão sobre os avanços e percalços que envolvem a produção do saber

Percurso guia participantes de acordo com suas respostas para as questões propostas
Percurso guia visitantes de acordo com suas respostas para as questões propostas Divulgação

Até quinta-feira, 30, estará montado na Faculdade de Educação (FaE) o Labirinto do Conhecimento, módulo da exposição Processaber, que passou pelo Espaço do Conhecimento UFMG e pelo Instituto Casa da Glória em Diamantina. Hoje, 28, o labirinto tem como tema O sumiço das abelhas, idealizado por Rebeca Andrade, doutoranda da FaE e tutora da Formação Intercultural de Educadores Indígenas (Fiei). Nos dias 29 e 30 será a vez de Mulher na ciência, desenvolvido pela aluna da licenciatura Paola Ferraz.

Instalado desde setembro no Espaço Freiriano da FaE, o percurso, que possibilita a substituição de temáticas e estimula a criação de novas narrativas, já abordou, entre outros assuntos, a história da pílula anticoncepcional e o uso de agrotóxicos. Depois que deixar a FaE, o labirinto será montado no saguão da Escola de Arquitetura com o tema Trajetória feminista.

De acordo com o professor Bernardo Oliveira, um dos organizadores da instalação, o labirinto, que guia os participantes por meio de questões, é uma representação do processo de obtenção do conhecimento. “Nele, vemos que as saídas encontradas dependem de um processo, de escolhas feitas, de atalhos descobertos e de tentativas e experiências que deram errado. Ele reproduz situações em que se tem de voltar atrás e buscar novas alternativas”, explica o docente da FaE.

Cada bifurcação do labirinto representa uma questão, uma nova dúvida e a necessidade de escolhas. Dependendo da opção escolhida, segue-se para uma nova bifurcação, ou para um beco sem saída, ou para uma saída precipitada do labirinto. “Em geral conhecemos ideias e produtos sem conhecer o processo percorrido para alcançá-los. Desconhecemos os arranjos que tiveram de ser feitos, as resistências enfrentadas, as negociações para o desenvolvimento de inovações, as opções tomadas e suas implicações. O conhecimento é cheio de idas e vindas, percalços, encruzilhadas, disputas para ser aceito e apoiado, ajustes”, finaliza Oliveira.

O Labirinto do Conhecimento foi idealizado pela professora da Escola de Belas Artes da UFMG Verona Segantini.