Exposição de Luisa Godoy propõe escuta visual da cor; abertura será nesta sexta
A exposição individual Corina, da artista e pesquisadora Luisa Godoy, com curadoria da professora Rachel Cecília de Oliveira, será aberta nesta sexta-feira, dia 9 de maio, no Centro Cultural UFMG. Reunindo obras que propõem uma escuta visual da cor através do corpo, da luz e da sombra, a mostra desafia os limites tradicionais da pintura.
O corpo, fio condutor de toda a produção apresentada, não é apenas tema da coleção, mas também se manifesta como ferramenta de construção da imagem. É ele que observa, que se afeta e traduz a experiência visual em traço, gesto e captação, sensações essas exploradas pela artista em suas obras .
As obras, que não são resultado de uma técnica fixa, mas de um processo contínuo de atenção às variações sutis da luz e às refrações que surgem no tempo da presença, reúnem três séries de trabalhos desenvolvidos ao longo dos últimos anos: Cores na penumbra, na qual Luisa desenha sombras coloridas a partir de projeções luminosas, transformando o exercício em uma espécie de alquimia sensível, Aparição da cor em corpos e Desaparição da cor de corpos. Nas duas últimas, ela investiga as interações da cor com superfícies corporais, em um processo em que a matéria e a imagem se contaminam.
O nome da exposição, Corina – que significa "aparição da cor” –, é inspirado em uma história pessoal: seria esse o nome da autora, caso seu pai não a tivesse registrado como Luisa. A coincidência funciona como síntese poética da proposta da exposição: a cor como surgimento e como algo que se transforma no espaço.
A artista
Doutoranda pelo Programa de pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG, Luisa Godoy é artista e pesquisadora graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard. Com habilitações em pintura, desenho, cerâmica e gravura em metal, é especialista em arte contemporânea. Atualmente, é artista residente no Centro Cultural UFMG.
