Institucional

Audiência popular reforça críticas à Stock Car nas imediações da UFMG

Evento nesta terça-feira, dia 9, foi organizado pelo DCE e pelo projeto Câmara Itinerante, do poder legislativo municipal

Audiência pública reuniu parlamentares, representantes do movimento estudantil, ambientalistas e outras lideranças
Audiência reuniu parlamentares, representantes do movimento estudantil, ambientalistas e outras lideranças Foto: Samantta Boraschi

Audiência pública popular do projeto Câmara Itinerante, do poder legislativo municipal, promovida em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, sobre os impactos da corrida automobilística Stock Car nos arredores do estádio Mineirão e do campus Pampulha, reuniu parlamentares, representantes da comunidade estudantil e docente, integrantes da administração da Universidade, ambientalistas, entre outras lideranças, na arena da Praça de Serviços, nesta terça-feira, 9 de abril. 

Pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, estiveram presentes as vereadoras do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) Cida Falabella e Iza Lourença e o vereador Bruno Pedralva, do Partido dos Trabalhadores (PT). Na abertura das atividades, Falabella relatou que ela e a colega de legenda estiveram com o prefeito da capital Fuad Noman, na semana passada, e defenderam a reabertura do diálogo sobre outro lugar mais adequado na cidade para a realização da corrida. “Esse é o nosso papel, da mediação, do diálogo. Mas, também, se for necessário, da justiça, da judicialização, que infelizmente é o extremo, é o limite. Quando não conseguimos o diálogo, é preciso chamar outros poderes para interferir”, afirmou. 

Corrida é empreendimento
Uma das integrantes da mesa da audiência, a diretora do Hospital Veterinário da UFMG, Christina Malm, classificou a realização da corrida de Stock Car no entorno do Mineirão e da UFMG como “absurdo” e o processo em andamento para a realização da prova como “nebuloso e cheio de irregularidades”. Ela lembrou que a corrida está sendo tratada como um evento quando, na realidade, trata-se de um empreendimento – o que exigiria critérios de licenciamento ambiental mais rígidos. “Haverá um impacto ambiental enorme, impacto para os moradores da região, para a UFMG, no que se refere às pesquisas e à comunidade da Universidade, que é imensa”, destacou.

A diretora do DCE-UFMG, Ana Maria Souza, estudante do curso de Química, lembrou que a representação estudantil se mobilizou contra a realização da prova no entorno do Mineirão antes mesmo da “derrubada repentina de várias árvores” nas proximidades da Escola de Veterinária, promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte. “Esse projeto foi construído sem nenhuma transparência com a comunidade universitária, com a administração da Universidade e com os estudantes”, lamentou.

A representante do DCE lembrou que o movimento estudantil está promovendo uma série de iniciativas, como panfletagem sobre os impactos da realização da prova na Pampulha e mobilização para o ato marcado para esta quinta-feira, 11 de abril, às 17h, na portaria da Universidade na Avenida Antônio Carlos. 

O DCE-UFMG também organizou um abaixo-assinado contra a prova no entorno do campus Pampulha que já conta com mais de 11, 6 mil assinaturas.

Alessandra Ribeiro